REVIEW - OS DESAJUSTADOS
Uma belíssima fotografia em preto e branco, um elenco mitológico (Monroe, Clift, Gable) um diretor dos mais competentes (Houston) e tem-se um belo filme cheio de filosofias existenciais e com interpretações (pelo menos da parte de Marilyn) acima do que se pode esperar.
Em pleno Texas, Rosylin Taber (Marilyn Monroe) acaba de divorciar-se e vivencia a cada instante um conflito em torno dos sentimentos verdadeiros, da virtude e do melhor comportamento, que seria considerado nos dias de hoje, "politicamente correto". Ao mesmo tempo que inicia sua vida de solteira ela conhece o galanteador vaqueiro Gay Langland (Clark Gable) que rapidamente conquista a loira com um punhado de atenção e de palavras. A eles posteriormente se juntará o jovem, também vaqueiro, Perce Howland (Montgmery Clift) que acaba nutrindo um carinho ambíguo pela doce Rosilyn. John Houston foi sutil o suficiente instalando sutilmente um triângulo amoroso, mas que não se evidencia diretamente devido a forte censura americana estabelecida na época. Atraida pela maturidade de Gay e tocada pela sensibilidade de Perce, Rosilyn experienciará dicotomias e contradições que acabam poluindo o mundo "perfeito" por ela idealizado.
Os Desajustados parece, guardada as diferenças, muito com o cinema novo brasileiro 'a la' Terra Em Transe de Glauber Rocha. Os enquadramentos são sempre fechados e com muito movimento como se câmera tivesse vida própria. A sensação de se estar assistindo um filme de arte é inevitável. Melhor ainda porque uma das protagonistas é a radiante Marilyn Monroe no auge de sua beleza madura aos 35 anos de idade. Este foi o último filme completo da vênus platinada e, considerado por muitos, o melhor de todos em termos de atuação.
Os Desajustados é um filme edílico cujas imagens terão a força de permanecer no nosso inconsciente por tempo inderterminado.
Notas:
Um médico estava a postos 24 horas por dia para Marilyn Monroe e Montgomery Clift durantes as filmagens.
Os executivos da United Artists estavam descontentes com o corte abrupto do filme, sendo assim o diretor John Houston, o produtor Frank E. Taylor e o escritor Arthur Miller concordaram em refilmar várias cenas. Clark Gable tinha o poder de vetar o novo roteiro que lhe foi apresentado e assim ele o fez por não ter gostado da idéia. Outros desacordos sobre a edição final acabou cortando uma passagem em que Marilyn aparece com o seios a mostra na cena da cama.
Foi o último filme de Clark Gabel.
Entedeado por ter que esperar Marilyn Monroe aparecer no set, Clark Gable optou por ele mesmo fazer as cenas de dublê. Uma delas ele é arrastado por um caminhão há 65 quilômetros por hora.
No último dia de filmagem, Clark Gable disse: "Cristo, estou feliz que este filme tenha terminado. Ela (Marilyn) quase me faz ter um ataque do coração." No dia seguinte Clark Gable sofreu um forte ataque cardíaco, vindo a morrer onze dias depois.
Quando Montgomery estava filmando algumas de suas cenas de dublê, sua camisa rasgou. Ele continuou gravando e sua camisa rasgada pode ser vista em várias cenas.
Originalmente escrita como uma estória curta por Arthur Miller durante a espera de seu próprio divórcio antes de se casar com Marilyn Monroe.
John Houston embolsou cerca de 250 dólares selecionando ele mesmo como extra na cena do jogo de cartas.
Marilyn Monroe tentou fazer com que seu então marido Arthur Miller cortasse as cenas em que aparecesse a personagem de Eli Wallach com medo que este suprepujasse a performance dela.
De acordo com o escritor Arthur Miller, Clark Gable já tinha visto uma edição grosseira do filme no ultimo dia de filmagens e disse: "Este é o melhor filme que eu já fiz e a primeira vez em que me deixam atuar".
O bimotor que Guido (Eli Wallach) decola é um Meyers 1943 OTW. Ainda existe e está registrado no nome de um casal na Carolina do Norte.
Gênero: Drama / Romance.
Ano: 1961.
País de origem: EUA.
Duração: 124 min.
Língua: Inglês.
Cor: Preto e Branco.
Diretor: John Houston.
Elenco: Marilyn Monroe, Clark Gable, Montgomery Clift, Eli Wallach, Thelma Ritter.
Em pleno Texas, Rosylin Taber (Marilyn Monroe) acaba de divorciar-se e vivencia a cada instante um conflito em torno dos sentimentos verdadeiros, da virtude e do melhor comportamento, que seria considerado nos dias de hoje, "politicamente correto". Ao mesmo tempo que inicia sua vida de solteira ela conhece o galanteador vaqueiro Gay Langland (Clark Gable) que rapidamente conquista a loira com um punhado de atenção e de palavras. A eles posteriormente se juntará o jovem, também vaqueiro, Perce Howland (Montgmery Clift) que acaba nutrindo um carinho ambíguo pela doce Rosilyn. John Houston foi sutil o suficiente instalando sutilmente um triângulo amoroso, mas que não se evidencia diretamente devido a forte censura americana estabelecida na época. Atraida pela maturidade de Gay e tocada pela sensibilidade de Perce, Rosilyn experienciará dicotomias e contradições que acabam poluindo o mundo "perfeito" por ela idealizado.
Os Desajustados parece, guardada as diferenças, muito com o cinema novo brasileiro 'a la' Terra Em Transe de Glauber Rocha. Os enquadramentos são sempre fechados e com muito movimento como se câmera tivesse vida própria. A sensação de se estar assistindo um filme de arte é inevitável. Melhor ainda porque uma das protagonistas é a radiante Marilyn Monroe no auge de sua beleza madura aos 35 anos de idade. Este foi o último filme completo da vênus platinada e, considerado por muitos, o melhor de todos em termos de atuação.
Os Desajustados é um filme edílico cujas imagens terão a força de permanecer no nosso inconsciente por tempo inderterminado.
Notas:
Um médico estava a postos 24 horas por dia para Marilyn Monroe e Montgomery Clift durantes as filmagens.
Os executivos da United Artists estavam descontentes com o corte abrupto do filme, sendo assim o diretor John Houston, o produtor Frank E. Taylor e o escritor Arthur Miller concordaram em refilmar várias cenas. Clark Gable tinha o poder de vetar o novo roteiro que lhe foi apresentado e assim ele o fez por não ter gostado da idéia. Outros desacordos sobre a edição final acabou cortando uma passagem em que Marilyn aparece com o seios a mostra na cena da cama.
Foi o último filme de Clark Gabel.
Entedeado por ter que esperar Marilyn Monroe aparecer no set, Clark Gable optou por ele mesmo fazer as cenas de dublê. Uma delas ele é arrastado por um caminhão há 65 quilômetros por hora.
No último dia de filmagem, Clark Gable disse: "Cristo, estou feliz que este filme tenha terminado. Ela (Marilyn) quase me faz ter um ataque do coração." No dia seguinte Clark Gable sofreu um forte ataque cardíaco, vindo a morrer onze dias depois.
Quando Montgomery estava filmando algumas de suas cenas de dublê, sua camisa rasgou. Ele continuou gravando e sua camisa rasgada pode ser vista em várias cenas.
Originalmente escrita como uma estória curta por Arthur Miller durante a espera de seu próprio divórcio antes de se casar com Marilyn Monroe.
John Houston embolsou cerca de 250 dólares selecionando ele mesmo como extra na cena do jogo de cartas.
Marilyn Monroe tentou fazer com que seu então marido Arthur Miller cortasse as cenas em que aparecesse a personagem de Eli Wallach com medo que este suprepujasse a performance dela.
De acordo com o escritor Arthur Miller, Clark Gable já tinha visto uma edição grosseira do filme no ultimo dia de filmagens e disse: "Este é o melhor filme que eu já fiz e a primeira vez em que me deixam atuar".
O bimotor que Guido (Eli Wallach) decola é um Meyers 1943 OTW. Ainda existe e está registrado no nome de um casal na Carolina do Norte.
Título Original: The Misfits.
Gênero: Drama / Romance.
Ano: 1961.
País de origem: EUA.
Duração: 124 min.
Língua: Inglês.
Cor: Preto e Branco.
Diretor: John Houston.
Elenco: Marilyn Monroe, Clark Gable, Montgomery Clift, Eli Wallach, Thelma Ritter.
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