Friday, October 06, 2006

REVIEW - ERICK BROCKOVICH, UMA MULHER DE TALENTO

Depois de duas indicações para o Oscar (Flores de Aço e Uma Linda Mulher), é no papel da determinada Erin Brockovich que Julia Roberts finalmente consegue arrebatar a estatueta como a melhor atriz de 2000 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
O filme é uma cinebiografia (não de toda a sua vida, mas sim de um período determinado) de uma personalidade nacionalmente conhecida nos Estados Unidos. Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento nos conta a empreitada de uma mãe divorciada com três crianças para sustentar e que tenta levar algum conforto para sua vida e a de seus filhos sem a ajuda de nenhum de seus ex-maridos. Erin ganhou destaque e chamou a atenção da mídia quando auxiliou o advogado em cujo escritório trabalhava, a sair vencedor numa disputa judicial que envolvia uma das maiores corporações industriais da época a PG&E.
O que faltava de polidez em Erin sobrava em determinação. Marcada pelo fato de ter sido a Miss Winchita num concurso de beleza, carrega o fardo de ser sempre vítima de sua boa aparência pela população masculina não dando mais espaço para que estes participem de sua vida. Após envolver-se num acidente de carro ela recorreu à justiça para reaver os prejuízos decorrentes da batida e do tratamento hospitalar que se submeteu. A corte designa o advogado da assistência judiciária Ed Masry (Albert Finney) que, após muitos conflitos e reviravoltas, se tornará o seu aliado numa batalha histórica responsável por mudanças imprevisíveis em sua vida.
A direção dada por Peter Bogdnovich é enxuta e deixa o filme fluir sem se arrastar, ou seja, de forma direta e objetiva. As circunstancialidades são levadas à tela, porém a narrativa não se detém a isso durante muito tempo para que o expectador não se distancie do foco principal. Bogdnovich soube fazer isso muito bem evitando que estória ficasse chata, monótona e desinteressante. Não houve apelos dramáticos sobre questões delicadas que sombreiam as questões aqui tratadas, embora esses momentos existissem, as personagens tiveram sempre muito mais uma postura de força e esperança do que de lamentações contornando o filme com uma aura positiva e empreendedora que é o sinônimo da personagem Erin Brockovich.

Notas:
A verdadeira Erin Brockovich aparece como a garçonete que atende Julia Roberts e os filhos no início do filme.
Erin Brockovich-Ellis é destra enquanto Julia Roberts é canhota. Julia teve que fazer um grande esforço para poder utilizar a mão direita nas cenas em que aparecia tendo que escrever ou assinar.
Ed Masry também marca presença no filme. Ele faz uma figuração como um dos clientes na mesma lanchonete em que Julia é atendida por Erin Brockovich. Ele pode se visto sentado atrás de Julia.
A incrível cena da batida de carros logo na seqüência de abertura foi feita de forma digitalizada. Foi feita uma composição com Julia Roberts dando partida no carro e saindo, em seguida, a partir daí, foi inserido um modelo guiado por computador atingindo o carro de Julia com um dublê em seu interior.
Julia Roberts recebeu um salário sem precedentes para esse papel principal se tornando a primeira mulher a quebrar a barreira dos 20 milhões de dólares (50 milhões foi a produção total).
O filme estreou nos Estados Unidos arrecadando mais de 28 milhões de dólares em seu primeiro fim de semana, tornando-se a segunda maior estréia no mês de março na história do cinema, perdendo apenas para O Mentiroso (1997).




Título Original: Erin Brockovich.

Gênero: Drama.

Ano: 2000.

País de Origem: EUA.

Duração: 130 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Steve Soderbergh.

Elenco: Julia Roberts, Albert Finney, Aaron Eckart, Peter Coyote.

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