REVIEW - OS HOMENS PREFEREM AS LOIRAS
Para mim Howard Hawks é um dos dez melhores diretores de todos os tempos. Sua direção é precisa e seus filmes tem um acabamento perfeito. Em Os Homens Preferem As Loiras ele aproveita muito bem a plástica das beldades Marilyn Monroe e Jane Rusell e transforma essa leve comédia musical num clássico com diálogos inteligentes e cenas memóraveis que se perpetuam até hoje em filmes como Moulin Rouge - Amor Em Vermelho (2001).
Dorothy (Jane Rusell) e Lorelei (Marilyn Monroe) são dançarinas profissionais que encantam os homens no mesmo instante que esbarram com elas. Também são as melhores amigas, embora tenham personalidades extremamente diferentes. Uma está sempre tentanto converter a outra para o seu modo de pensar e mesmo havendo este antagonismo de idéias elas estão sempre unidas. A primeira acredita que o dinheiro não faz diferença para que possa ser feliz com um homem, mas sim a 'química' e o amor, contudo, a segunda não se importa com a idade ou aparência desde que o escolhido seja milionário e possa supri-la com uma vida luxuosa, regada com muitos diamantes. Dorothy é a inteligente e de bom senso, Lorelei tem menos QI e encantadoramente leviana e mercenária. Numa viagem para a França, bancada pelo futuro marido de Lorelei, elas não desconfiam que o pai do seu pretendente milionário pôs um detetive na cola da moça para provar ao seu filho que as intenções de casamento são exclusivamente por interesse.
Os encontros, desencontros e reviravoltas recheados com os números musicais e as trapalhadas de Marilyn compõe este delicioso filme cujo figurino de primeira (um dos grandes destaques do filme) foi criado pela mitológica Edith Head. Os Homens Preferem As Loiras é um trabalho despretensioso, mas de alta qualidade, cuja simpatia de suas personagens irá nos fazer querer sempre revê-lo.
Notas:
Originalmente comprado pela Fox para ser um veículo para Betty Grable. Quando Niagara (1953), com Marilyn Monroe, fez um grande sucesso, o estúdio acreditou que eles tinham uma sex symbol com um potencial maior e menos oneroso do que Grable (Grable exigia 150 mil dólares por filme e Monroe apenas 18 mil).
Marilyn Monroe sempre pedia para que as tomadas fossem refeitas, mesmo quando o diretor achava que estavam boas. Quando a Fox perguntou ao diretor Howard Hawks como a produção poderia acelerar os trabalhos, ele respondeu "Vou lhe dar três idéias: substitua Marilyn, reescreva o roteiro e faça-o menor, ou substitua o diretor".
Monroe usou um vestido dourado de gala que já tinha sido usada anteriormente por Ginger Rogers em Delírios Em Alto Mar (1952).
No número musical "Ain't There Anyone Here For Love" , a queda de Jane Russel na piscina foi um acidente. Quando Hawks assistiu a exibição diária do material filmado, decidiu manter a seqüência na edição final do filme.
Pelo menos um outro número foi rodado e cortado posteriormente. No trailer original do cinema mostrou Jane e Marilyn no meio de outros dançarinos, subindo as escadas de um escorrego num playground para crianças. A música era um versão francesa para "Two Little Girls from Little Rock". Jane e Marilyn usam este figurino quando Tommy Noonan encontra-se com elas nos bastidores do cabaré francês.
Uma música escrita para Marilyn Monroe cantar neste filme foi rejeitada e posteriormente executada por Betty Grable em Aposenta-se Um Marido (1955).
As notas altas cantadas em "Diamonds Are The Girl's Best Friends" são cantadas por Marni Nixon.
O modelo de navio mostrado no filme é o mesmo utilizado em Titanic (1953) e foi reformado para se parecer com o Queen Mary. Alguns dos sets utilizados no filme também foram utilizados em Titanic.
De acordo com Marni Nixon, o estúdio queria originalmente que a voz de Marilyn nas músicas fosse inteiramente dublada, já que achavam sua voz boba e com pouca expressão. Nixon achou aquilo horrível, pois achava a voz de Marilyn combinada de forma bela com sua personalidade.
O número "Diamonds Are A Girl's Best Friend" foi posteriormente refilmado em Cinemascope, para ser usado como parte da demonstração Cinemascope que ocorreu nos estúdios da Fox em maio de 1953. O produtor Darryl F. Zanuck disse ao jornal Variety que foram necessárias apenas três horas e meia para refilmar a cena em Cinemascope contra quatro dias para a da versão original. O publico assistiu a versão Cinemascope apenas dez anos após, no fechamento do documentário tributo feito pela MGM à Marilyn Monroe chamado Marilyn.
Este foi o único filme de Jane Rusell com Marilyn. Elas se deram bem trabalhando juntas. Russel chamava Marilyn de 'Lourinha' e freqüentemente era a única pessoa que fazia com que Marilyn saísse de dentro do trailer para se iniciar as filmagens do dia.
A estória é baseada numa viagem de navio para a Europa que Anita Loos embarcou junto com a seleção olímpica americana.
Segundo dizem, a fala "Eu posso ser inteligente quando é importante, mas a maioria dos homens não gostam disso." foi sugerida por Monroe.
Título Original: Gentleman Prefer Blondes.
Gênero: Comédia / Romance / Musical.
Ano: 1953.
País de Origem: EUA.
Duração: 91 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: Howard Hawks.
Elenco: Jane Russel, Marilyn Monroe, Charles Coburn, Elliot Reid, Tommy Noonan, George Winslow, Marcel Dalio, Taylor Holmes, Norma Varden.
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