REVIEW - DÁLIA NEGRA
O que terá acontecido com Brian De Palma? Esta é a pergunta que não quer calar. Após assistir Dália Negra esta é a única frase que não deixa de ecoar na minha cabeça. Brian é (ou já fora) um dos diretores mais prestigiados de Hollywood (Vestida Para Matar, Dublê de Corpo, Um Tiro No Escuro) considerados por muito, devido ao seu estilo, o sucessor de Hitchcock. Parece, todavia, que sua notoriedade foi se dissolvendo durante a década de 90 até sumir por completo no início deste século quando ressuscita com um suspense/thriller noir que poderia, eu disse PODERIA, ter funcionado como um retorno glorioso aos bons tempos. O desapontamento, contudo, não poderia ser maior. Dália Negra me parece ser o último suspiro de um mestre vaidoso, decadente e deslocado no tempo, querendo, desesperadamente, voltar à ribalta. Quando De Palma pensou em dirigir um filme noir em pleno anos 2000, será que ele se esqueceu que para ser levado à serio poderia ter evitado que seus atores interpretassem esteriótipos das personagens como se elas parodiassem os famosos filmes policiais da década de 40? Para quê criar um enredo cheio de subtramas que no final, não nos levaria a nada convincente?
Na verdade, Dália Negra não passa de um amontoado de excessos que impregnam a obra com tanta informação audiovisual que qualquer piscada de olhos seria o suficiente para comprometer o entendimento das cansativas duas horas de projeção que o filme se extende, mas que são suficientes para nos deixar decepcionados durante muito mais tempo.
O tom da encenação está muito mais para o teatro do que para o cinema e talvez o roteiro se estruturasse melhor nos palcos, pois na tela grande o que se vê é lastimável.
A trama é uma das mais rebuscadas e entrelaçadas que eu já vi em minha vida. Você não pode relaxar um instante (prepare-se para a dor de cabeça) para não correr o risco de ficar sem saber o porquê do porquê. Até este ponto estaria tudo bem caso a trama fosse construída de um forma que conduzísse a platéia a um desfecho engenhoso e genial. Não contávamos, porém, que De Palma deve estar esclerosando ou então mudou radicalmente a forma simples e idéias efetivas com que costumava dirigir. Nesta produção repleta de estrelas do momento, Brian De Palma parece ficar mais confuso do que nós dentro do emaranhado que criou e se distancia enormemente do efeito que o filme deveria ter sobre o público. Num determinado momento torcemos única e exclusivamente para que os créditos finais apareçam e nos livre dessa tortura infindável.
Dália Negra faz referência a um misterioso e brutal assassinato que realmente ocorreu em Los Angeles na segunda metade da década 40, onde uma jovem aspirante à atriz e freqüentadora de clubes lésbicos foi dividida ao meio e teve seus órgãos internos retirados, sendo seu corpo jogado num terreno baldio em Hollywood. Los Angeles do pós-guerra é ambientada como uma cidade em efervescência cultural devido à indústria do cinema, mas com um comando policial despreparado e decadente. Neste cenário surgem as figuras de dois policiais, ambos pugilistas, que resolvem subir ao ringue para conseguir atenção da mídia e promover melhoras na corporação que eles trabalham. Após a luta Bucky (Josh Hartnett) e Lee (Aaron Eckart) se tornam parceiros nas missões policiais e grandes amigos fora da delegacia. Formando um trio, junta-se a eles a namorada de Lee, Kay (Scarlett Johansson). Quando a jovem Elizabeth Short, a Dália Negra, é encontrada morta e com sinais de tortura o chefe de polícia local incumbe Lee e Bucky a desvendarem o caso. À medida que Bucky vai adentrando nas investigações começa a descobrir que seu amigo Lee faz parte de esquemas de corrupção e que está cada vez dependente de drogas. Paralelamente, Bucky irá se envolver com com a voluptuosa Madeleine Linscott (Hillary Swank) uma das peças chaves na resolução do caso da Dália Negra.
O filme tem uma linha narrativa tão confusa e dispersa que até para dar uma sinopse seguindo uma linha de raciocínio fica difícil. Criou-se uma complexidade desnecessária e inócua que só desvalorizou este lamentável embuste cinematográfico.
Notas:
David Fincher tinha inicialmente pensado em dirigir e pretendia fazer um filme com três horas de duração rodado completamente em preto e branco. Por fim, Fincher desistiu do projeto achando que não seria capaz de realizar o filme da forma como ele queria.
Mark Wahlberg tinha sido contratado para o papel de Lee Blanchard juntamente com Josh Hartnett, mas teve que abrir mão deste papel devido aos conflitos de agenda com o filme The Brazilian Job (2008).
O livro de James Ellroy foi parcialmente baseado na estória verdadeira do assassinato de Elizabeth Short, uma aspirante a atriz que se mudou para Hollywood no final da década 40, vinda de Medford, no Massachussets. Uma biscate e oportunista que nunca teve a chance de entrar para a indústria do cinema, ela desapareceu por volta do início de janeiro de 1947. Em 15 de Janeiro de 1947 seu corpo foi encontrado horrivelmente mutilado num terreno baldio na área central de Los Angeles. Seu assassino nunca foi publicamente identificado ou preso.
Maggie Gyllenhaal foi convidada para o papel de Elizabeth Short mas o recusou.
James Horner estava envolvido no filme até que Mark Isham foi contratado para fazer a trilha do filme.
Brian De Palma ofereceu o papel de Madeleine Linscott para Eva Green, contudo esta recusou pois não queria ficar marcada como 'mulher fatal'. O papel acabou indo para Hillary Swank.
Gwen Stefani foi considerada para o papel de Kay Lake.
Este filme abriu o 63º Festival de Filmes de Veneza.
Fairuza Bulk foi considerada para o papel de Madeleine Linscott.
O livro foi tido como uma fonte de filmagem em 1986, mas só vinte anos depois foi filmado.
Na verdade, Dália Negra não passa de um amontoado de excessos que impregnam a obra com tanta informação audiovisual que qualquer piscada de olhos seria o suficiente para comprometer o entendimento das cansativas duas horas de projeção que o filme se extende, mas que são suficientes para nos deixar decepcionados durante muito mais tempo.
O tom da encenação está muito mais para o teatro do que para o cinema e talvez o roteiro se estruturasse melhor nos palcos, pois na tela grande o que se vê é lastimável.
A trama é uma das mais rebuscadas e entrelaçadas que eu já vi em minha vida. Você não pode relaxar um instante (prepare-se para a dor de cabeça) para não correr o risco de ficar sem saber o porquê do porquê. Até este ponto estaria tudo bem caso a trama fosse construída de um forma que conduzísse a platéia a um desfecho engenhoso e genial. Não contávamos, porém, que De Palma deve estar esclerosando ou então mudou radicalmente a forma simples e idéias efetivas com que costumava dirigir. Nesta produção repleta de estrelas do momento, Brian De Palma parece ficar mais confuso do que nós dentro do emaranhado que criou e se distancia enormemente do efeito que o filme deveria ter sobre o público. Num determinado momento torcemos única e exclusivamente para que os créditos finais apareçam e nos livre dessa tortura infindável.
Dália Negra faz referência a um misterioso e brutal assassinato que realmente ocorreu em Los Angeles na segunda metade da década 40, onde uma jovem aspirante à atriz e freqüentadora de clubes lésbicos foi dividida ao meio e teve seus órgãos internos retirados, sendo seu corpo jogado num terreno baldio em Hollywood. Los Angeles do pós-guerra é ambientada como uma cidade em efervescência cultural devido à indústria do cinema, mas com um comando policial despreparado e decadente. Neste cenário surgem as figuras de dois policiais, ambos pugilistas, que resolvem subir ao ringue para conseguir atenção da mídia e promover melhoras na corporação que eles trabalham. Após a luta Bucky (Josh Hartnett) e Lee (Aaron Eckart) se tornam parceiros nas missões policiais e grandes amigos fora da delegacia. Formando um trio, junta-se a eles a namorada de Lee, Kay (Scarlett Johansson). Quando a jovem Elizabeth Short, a Dália Negra, é encontrada morta e com sinais de tortura o chefe de polícia local incumbe Lee e Bucky a desvendarem o caso. À medida que Bucky vai adentrando nas investigações começa a descobrir que seu amigo Lee faz parte de esquemas de corrupção e que está cada vez dependente de drogas. Paralelamente, Bucky irá se envolver com com a voluptuosa Madeleine Linscott (Hillary Swank) uma das peças chaves na resolução do caso da Dália Negra.
O filme tem uma linha narrativa tão confusa e dispersa que até para dar uma sinopse seguindo uma linha de raciocínio fica difícil. Criou-se uma complexidade desnecessária e inócua que só desvalorizou este lamentável embuste cinematográfico.
Notas:
David Fincher tinha inicialmente pensado em dirigir e pretendia fazer um filme com três horas de duração rodado completamente em preto e branco. Por fim, Fincher desistiu do projeto achando que não seria capaz de realizar o filme da forma como ele queria.
Mark Wahlberg tinha sido contratado para o papel de Lee Blanchard juntamente com Josh Hartnett, mas teve que abrir mão deste papel devido aos conflitos de agenda com o filme The Brazilian Job (2008).
O livro de James Ellroy foi parcialmente baseado na estória verdadeira do assassinato de Elizabeth Short, uma aspirante a atriz que se mudou para Hollywood no final da década 40, vinda de Medford, no Massachussets. Uma biscate e oportunista que nunca teve a chance de entrar para a indústria do cinema, ela desapareceu por volta do início de janeiro de 1947. Em 15 de Janeiro de 1947 seu corpo foi encontrado horrivelmente mutilado num terreno baldio na área central de Los Angeles. Seu assassino nunca foi publicamente identificado ou preso.
Maggie Gyllenhaal foi convidada para o papel de Elizabeth Short mas o recusou.
James Horner estava envolvido no filme até que Mark Isham foi contratado para fazer a trilha do filme.
Brian De Palma ofereceu o papel de Madeleine Linscott para Eva Green, contudo esta recusou pois não queria ficar marcada como 'mulher fatal'. O papel acabou indo para Hillary Swank.
Gwen Stefani foi considerada para o papel de Kay Lake.
Este filme abriu o 63º Festival de Filmes de Veneza.
Fairuza Bulk foi considerada para o papel de Madeleine Linscott.
O livro foi tido como uma fonte de filmagem em 1986, mas só vinte anos depois foi filmado.
Título Original: The Black Dahlia.
Gênero: Suspense / Thriller.
Ano: 2006.
País de Origem: EUA / Alemanha.
Duração: 121 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: Brian De Palma.
Elenco: Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Aaron Eckart, Hilary Swank, Mia Kirshner, Mike Starr, Fiona Shaw, John Kavanagh.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home