Sunday, June 18, 2006

REVIEW - UMA MULHER CONTRA HITLER

Parece que os alemães estão passando a limpo a sua história e exorcizando os fantasmas. Depois de A Queda, que narra os últimos momentos de Hiltler em seu bunker como um líder obcecado por uma nação anti-semita, chega aos cinemas um episódio que marcou profundamente a luta de muitos alemães contra o regime opressor na época. Trata-se da prisão dos líderes estudantis revolucionários Shophie Scholl (Julia Jentsch), de seu irmão Hans Scholl (Fabian Hinrinchs) e de Christoph Probst (Florian Stetter).
Num período negro da história da Alemanha, o regime totalitário impetrado pelo Füher fez vítimas que se extendiam além dos judeus, negros, homossexuais e outros grupos. O benefício desta política de extrema direita foi muito mais proveitoso para o alto-comando militar e político que saqueavam a economia popular e se enriqueciam às custas de muitas vidas. As perseguições transformavam os nazistas em algozes do próprio povo alemão. A política foi o meio encontrado, na verdade, para legitimar essa organização assassina que tinha na Gestapo, polícia local, a sua figura representativa máxima no que tange a barbárie, arbitrarismo e inquisição. Todos os atos desumanos justificado em razão do Füher (semi-deus) que seria líder nesse caminho de sangue necessário para dar o bem-estar ao povo germânico.
Contra essa condição de falsa felicidade propagandeada pelo partido da suástica, insurgiam-se pequenos grupos com base estudantil que, tendo consciência política, enxergavam além do fanatismo de prosperidade doutrinada pelo governo imposto.
Em 18 de fevereiro de 1943, Sophie Scholl e seu irmão foram detidos enquanto distribuiam panfletos, numa universidade de Berlin, informando a população das milhares de perdas desncesessárias de soldados alemães nas frentes de batalhas durante a Segunda Guerra Mundial e do martírio que Adolf Hitler estava submetendo o país em nome de um progresso ilusório.
O clima tenso de Uma Mulher Contra Hitler se dá do primeiro até o último instante, narrado através de uma expectativa intensa e de uma trilha sonora espetacular que intensifica a angústia do expectador durante toda a projeção.
A direção objetiva e dramática de Marc Rothemund e a interpretação comedida e eficaz de Julia Jentsch rendeu-lhes o Urso de Prata no Festival de Berlin.
Um filme memóravel dos mártires que podem ser postos na galeria dos grandes heróis da 2ª Guerra Mundial.

Notas:
O filme foi rodado em ordem cronológica.
Assim que vão passando os créditos finais, fotos da verdadeira Shophie e Hans Scholl, e Christoph Probst são exibidas.
Algumas cenas foram filmadas na Universidade de Munique, mesmo local em que Sophie e Hans Scholl foram presos.

Sophie Scoll, Hans Scholl e Christoph Probst.



Título original: Sophie Scholl - Die Letzten Tage.

Gênero: Drama / Guerra.

Ano: 2005.

País de origem: Alemanha.

Duração: 117 min.

Língua: Alemão.

Cor: Colorido.

Diretor: Marc Rothemund.

Elenco: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Ctetter, Gerald Alexander Held, Johanna Gastford .

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