REVIEW - CLEOPATRA
A rainha egípcia mais famosa do mundo, Cleópatra, recebeu três versões no cinema norte americano. A primeira foi o filme mudo estrelado pela lendária Theda Bara em 1919 que encontra-se perdido até o momento. Depois a atriz francesa, radicada nos Estados Unidos, Claudete Colbert incorporou a personagem histórica em 1934 e por fim a polêmica produção de 1964 estrelada por Elizabeth Taylor. Rodada nos estúdios da cinecitá em Roma entre 1962 até 1964 o maior atrativo publicitário não chegou a ser o filme em si, mas os astronômicos estouros de orçamento e crises de saúde enfrentada pela estrela principal, Liz Taylor que fez com que a produção se mudasse da Inglaterra para a Itália no propósito de concluir a produção. A grandiosidade do espetáculo cinematográfico (cenários, figurinos, milhares de extras) permanece imbatível. Cleopatra ainda é considerado o último grande épico custeado por um estúdio de Hollywood até hoje. O filme centra sua maior atenção na figura da Faraó em suas artimanhas políticas revelando Cleopatra como uma mulher que, vivendo sua época, estabelecia ligações estreitas entre o poder que adquiria e seus romances com aqueles que poderiam lhe ajudar a obtê-lo. A importância conseguida por ela com suas alianças premeditas para se manter no poder foi tamanha que ela acabou fortalecendo o egito como uma nação respeitada frente ao poderio de Roma. Isto tudo graças ao romance que ela estabelece com Julio Cesar e, depois da morte deste, com Marco Antônio. O filme é uma ferramenta megalomaníaca da Fox que quase foi à bancarrota com um filme não teve retorno nas bilheterias. O resultado é que Cleópatra se sustenta mais pelas suas virtudes técnicas do que por uma narrativa substanciada. Apresenta-se com um palco para ostentar a diva Taylor (nome de peso nas bilheterias na época juntamente com Marilyn Monroe) .É um filme em que Hollywood vai ao limite do que pode ser estupidamente esnobe numa produção, tornando o filme grandioso técnicamente mas pobre na consistência da idéia central.A força de interpretação da dupla Elizabeth Taylor e Richard Burton provou funcionar. O casal levou a paixão que tinha nas telas para a vida real e fizeram mais 11 filmes juntos, entre eles Quem Tem Medo de Virgínia Wolf e A Megera Domada. A química entre Burton e Taylor e a riqueza da produção não foram suficientes para suprir a falta de um roteiro forte e mais maduro que vai de momentos a momentos se arrastando, como num desfile de alegorias monótono e chato.
Gênero: Drama.
Ano: 1964.
País de Origem: EUA.
Duração: 192 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: Joseph L. Mankiewicz.
Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Martin Landau, Roddy MacDowall, Pamela Brown, George Cole, Hume Cronyn.
Notas:
Cleópatra é o filme mais caro de todos os tempos. Na época de sua realização sua produção custou US$ 44 milhões. Se esta quantia fosse reajustada até em relação ao dólar em 1999, o filme custaria na verdade US$ 270 milhões.
É popularmente considerado um dos maiores fracassos comerciais de todos os tempos, apesar desta afirmação não ser verídica. Apesar de seu alto orçamento o filme conseguiu recuperar o dinheiro nele investido, vários anos após seu lançamento, sendo ainda uma das maiores bilheterias da década de 60.
Em 1958 a atriz Joan Collins chegou a ser contratada para protagonizar Cleópatra, mas com os vários atrasos que o início da produção teve ela acabou ficando indisponível para atuar no filme quando ele realmente entrou em produção.
A atriz Audrey Hepburn chegou a ser cotada para interpretar Cleópatra, após a desistência de Joan Collins.
Elizabeth Taylor foi o 1ª intérprete de Hollywood a receber US$ 1 milhão por um único filme, por sua participação em Cleópatra.
Este é o 1º de 11 filmes em que Richard Burton e Elizabeth Taylor trabalham juntos. Os demais foram Gente Muito Importante (1963), Adeus às Ilusões (1965), Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966), A Megera Domada (1967), Dr. Faustus (1967), Os Farsantes (1967), O Homem que Veio de Longe (1968), Ana dos Mil Dias (1969), Unidos pelo Mal (1972) e Divórcio Dele, Divórcio Dela (1973).
As filmagens de Cleópatra tiveram início em 1960.
Logo no início das filmagens na Inglaterra Elizabeth Taylor adoeceu e não pôde participar das filmagens. Como praticamente todas as cenas necessitavam da presença de Taylor, a produção foi paralisada até que ela se recuperasse. Este período durou cerca de 6 meses.
Durante o período em que Elizabeth Taylor se recuperava o até então diretor Rouben Mamoulian pediu demissão de seu cargo, já que havia assumido outros compromissos para os meses seguintes.
Inicialmente seria Stephen Boyd quem interpretaria Marco Antônio em Cleópatra, mas ele teve que desistir do papel devido aos constantes atrasos nas filmagens, principalmente devido à doença contraída por Elizabeth Taylor.
Inicialmente seria Peter Finch o intérprete de Júlio César, tendo também abandonado o filme devido aos constantes atrasos em sua produção.
Durante as filmagens em Roma milhões de dólares foram gastos para repôr equipamentos de filmagens e os próprios cenários do filme, que foram roubados.
Ainda em Roma um grupo de mulheres que trabalhava como serventes e escravas de Cleópatra no filme entrou em greve, solicitando proteção contra os ataques amorosos dos extras italianos. O estúdio teve que contratar segurança especial para proteger os extras.
John DeCuir teve que reconstruir o gigantesco set de filmagens de Alexandria três vezes.
O diretor Joseph L. Mankiewicz chegou a propor à Fox que Cleópatra fosse dividido em dois filmes, César e Cleópatra e Marco Antônio e Cleópatra, ambos com aproximadamente 3 horas de duração. A Fox não concordou com esta proposta, decidindo lançá-lo no formato como o conhecemos hoje, com mais de 4 horas de duração.
De acordo com o diretor Joseph L. Mankiewicz algumas das melhores cenas do filme acabaram sendo cortadas de sua edição final. Segundo o diretor, foram cortadas cerca de 90 a 120 minutos na versão final.
Durante Cleópatra Elizabeth Taylor trocou de figurino 65 vezes, sendo até hoje um recorde para um filme feito para o cinema.
Foi também lançado em uma versão menor, com 194 minutos.
Refilmagem de Cleópatra (1934) e refilmado como Cleópatra (1999), para a TV americana.
Ganhou 4 Oscars, nas seguintes categorias: Melhores Efeitos Especiais, Melhor Fotografia - Colorido, Melhor Figurino - Colorido e Melhor Direção de Arte - Colorido. Foi ainda indicado em outras 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Ator (Rex Harrison), Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som.
Recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator - Drama (Rex Harrison) e Melhor Ator Coadjuvante (Roddy McDowall). Rex Harrison pôs uma cláusula em seu contrato em que estabelecia que qualquer cartaz publicitário do filme em que Richard Burton aparecesse, ele também teria que aparecer.
A cicatriz da traqueotomia feita em Elizabeth Taylor no período em que adoecera na Inglaterra, é visível em vários momentos do filme.
Título Original: Cleopatra.
Gênero: Drama.
Ano: 1964.
País de Origem: EUA.
Duração: 192 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: Joseph L. Mankiewicz.
Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Martin Landau, Roddy MacDowall, Pamela Brown, George Cole, Hume Cronyn.
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