Friday, April 27, 2007

REVIEW - XEQUE-MATE

Caso você consiga suportar a primeira metade de exibição do filme Xeque-Mate não terá maiores problemas em finalizar a última parte. Graças ao carisma da nipoamericana Lucy Liu a primeira hora do filme do diretor Paul McGuigan não se torna um convite quase irrecusável para abortarmos a sessão. O misto de comédia e ação policial, cheia de reviravoltas e com piadas de humor negro, carece de intensidade nas atuações resultando em um filme descartável e de fácil esquecimento. Mesmo ostentando atores do porte de Ben Kinsley e Morgan Freeman, Xeque-Mate só começa a decolar já quando é a hora da aterrisagem. A demora para que a trama comece a engrenar, acaba pulverizando a atenção do espectador que espera bem mais que um início confuso e que se prolonga demais sem necessidade alguma.
Slevin vai passar uns tempos com seu amigo Nick após levar um fora de sua namorada. A primeira pessoa que ele conhece é Lindsey (Lucy Liu), que é vizinha do apartamento e que estranha a ausência de Nick por tanto tempo. O espírito investigativo de Lindsey (numa interpretação naturalmente cômica da atriz) sugere que eles devam procurar pistas sobre o paradeiro do desaparecido. Neste ínterim, Slave é levado em duas ocasiões diferentes por capangas de dois chefões mafiosos locais que o tomam por Nick e exigem, desta forma, que este pague o valor devido pelo verdadeiro Nick. No caso do mafioso conhecido como The Boss (Morgan Freeman) o valor para saldar o débito é que Slave execute o filho de seu rival Rabino (Ben Kinsley). Por trás disso tudo a sombra sempre presente do misterioso Goodkat (Bruce Willis), personagem decisivo da história.
Xeque-Mate pode até causar uma certa empolgação no final devido às suas cenas de ação, mas o sabor resultante permanece com um quê de insatisfação devido a sua previsibilidade. Os roteiros cada vez mais malabaristícos para adequar situações, personagens e ambientes estão perdendo a força nos filmes deste gênero. O resultado é que a falta de criatividade começa deixar de exercer o seu poder de atração junto ao público. É uma pena, maior ainda, saber que um elenco de atores de primeira categoria, que poderia ter sido melhor explorado, fiquem perdidos em seus personagens tentando encontrar a melhor forma de torná-los palpáveis e acabam agindo como patetas.
Notas: Este é o 2º filme em que Bruce Willis e Danny Aiello atuam juntos. O anterior foi Hudson Hawk - O Falcão Está à Solta (1991).
Josh Hartnett morou com o roteirista Jason Smilovic e sua namorado enquanto o roteiro do filme era escrito. Smilovic disse que tinha pensado na personagem Slevin usando apenas uma toalha durante um pedaço do filme devido ao fato dele ver tantas vezes Hartnett usando uma. Esta característica acaba dando à personagem uma qualidade de vulnerabilidade.






Título Original: Lucky Number Slevin.

Gênero: Ação.

Ano: 2006.

País de Origem: EUA.

Duração: 109 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Paul McGuigan.

Elenco: Josh Hartnett, Bruce Willis, Lucy Liu, Morgan Freeman, Ben Kingsley, Stanley Tucci.

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