REVIEW - SEVEN, OS SETE CRIMES CAPITAIS
Passados quase cinco anos após o lançamento de O Silêncio dos Inocentes (1991), o último filme policial que causou um impacto utilizando um roteiro bem trilhado com ângulos de câmeras, fotografias sinistras e interpretações excepcionais, Morgan Freeman e o astro Brad Pitt estrelam o thriller-noir Seven, Os Sete Pecados Capitais. Esta produção de primeira grandeza teve a direção de David Fincher (diretor de Alien 3, de 1992, que ainda hoje renega o seu trabalho no filme mais problemático da quadrilogia) o qual deu uma intensidade dramática ao filme, tornando-o insuportavelmente angustiante.
O detetive David Mills é novo na cidade. Ele acabara de se mudar com sua esposa Tracy e ambos estão num ambiente estranho com nada familiar em volta. Ele é lotado na unidade de homicídios do departamento de polícia local. O cartão de visita de David, que é sua imaturidade arrogante, faz com que o detetive William Somerset, a quem irá substituir após a aposentadoria, nutra de imediato uma antipatia e um senso de reprovação constante pelo jovem pretensioso.
Coincidentemente um serial-killer começa a atuar neste período de transição profissional da vida dos dois detetives. Pela complexidade do caso (as vítimas são mortas com motivos inspirados nos sete pecados capitais), é necessário um investigador mais experiente para dar um entendimento às ações do psicopata e, sendo assim, prendê-lo o mais rápido possível evitando novas mortes. Somerset decide adiar sua aposentadoria para capturar o criminoso, mesmo contrariando Mills que acha poder resolver o caso sem a ajuda dele. À medida que novas mortes seguindo as diretrizes estabelecidas pelo louco vão sendo identificadas, o filme vai seguindo uma trajetória sombria onde o desfecho final é totalmente imprevisível e inesperado. Este é um dos filmes mais supreendentes de todos os tempos.
Morgan Freeman e Brad Pitt (com expressões faciais que lembram James Dean em muitos momentos de desespero) vão desbravando o mistério e emprestam um clima de disputa típica dos policiais americanos. Gwyneth Paltrow em seu papel coadjuvante se torna o ponto de aproximação entre os dois agentes e o público. Ela é suave, doce, frágil e de bom coração. Para o público é um oásis que contrasta com o clima apocalíptico que vai dominando as situações até o desfecho final. Com as cenas temperadas num tom pastel e numa iluminação que privilegia as sombras e intensifica o sentimento de impotência para o impedimento das barbáries.
Notas:
Os produtores tinham a intenção de pôr o nome de Kevin Spacey como o primeiro nos créditos iniciais, mas o próprio ator pediu para que ficasse de fora destes créditos. De qualquer forma, o nome de Kevin Spacey é o primeiro na lista dos créditos finais do filme.
O roteiro original previa a participação de uma mulher na equipe forense da polícia, que sempre aparecia nos momentos de "limpeza" dos locais do crime e tinha alguns diálogos com os detetives interpretados por Brad Pitt e Morgan Freeman.
O roteiro de Seven possui referências ao antigo parceiro do detetive Mills, chamado Parsons, que levou um tiro e ficou paralizado do busto para baixo numa operação policial. Este é o motivo pelo qual Mills age de forma superprotetora com Somerset em algumas cenas. Mas todas as referências a Parsons foram retiradas na edição final do filme.
O número sete aparece em diversos momentos ao longo do filme. O detetive Somerset é convidado para jantar às 7 p.m., o clímax de Seven deveria ocorrer às 7 p.m. e todos os prédios que aparecem na cena de abertura começam com o número 7.
Recebeu uma indicação ao Oscar, como Melhor Edição.
Enquanto filmava a cena em que Mills persegue John Doe na chuva, Brad Pitt caiu e machucou o seu braço que quebrou o parabrisa de um carrroe foi necessário que ele fosse levado ao hospital onde fez uma pequena cirurgia. Este acidente foi adicionado ao roteiro para que o filme funcionasse em cima deste imprevisto.
A autópsia, que ocorre no primeiro assassinato, fora escrita incorretamente no primeiro roteiro de acordo com pesquisador de maquiagem Rob Bottin (que assistiu a uma autópsia real como preparação para o trabalho). A cena, em sua primeira composição, já mostrava o corpo de 'Gluttony' sendo costurado, não a seqüência da autópsia completa.
A vítima amarrada à cama há mais de um ano não era um modelo animatronico, mas um ator extremamente magro e que fora intensificado em sua esqualidez através de maquiagem. O maquiador Rob Bottin usou, no ator, uma chapa com dentes maiores que o normal para que a cabeça parecesse menor, dando uma idéia de desnutrição mais acentuada.
Morgan Freeman foi orientado por policiais que estavam no set de filmagem, como consultores para o filme, a não puxar a arma já com o dedo no gatilho pois aquela não era a maneira treinada pelos policiais.
Os executivos da New Line tentaram alterar o final do filme, mas Brad Pitt recusou-se a fazer o filme caso o final fosse mudado.
O roteirista Andrew Kevin Walker escreveu o roteiro no período de dois anos que trabalhou numa subsidiária da Tower Records.
Para a preparação da cena traumática na sala de interrogatório, Leland Orser ficou inspirando e respirando rapidamente para que o corpo ficasse supersaturado com oxigênio dando ao corpo a característica de extasiamento.
Alfonso Freeman, filho de Morgan Freeman, faz o papel de um dos policiais que recolhem digitais no local do crime.
Denzel Washington recusou o papel que acabou sendo aceito por Brad Pitt.
Quando procurando o ator com as características para o papel de Victor (o desnutrido), David Fincher deixou claro que queria alguém incrivelmente magro por volta de 36 quilos. Michael Reid McKay audicionou para o papel pesando na época 38 quilos. Fincher lhe deu o papel e brincou com ele pedindo para perder mais peso. Para sua grande supresa, McKay começou as filmagens pesando 36 quilos.
Votado como o oitavo filme mais assustador de todos os tempos pela Entertainment Weekly.
Gênero: Policial.
Ano: 1995.
País de Origem: EUA.
Duração: 127 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: David Fincher.
Elenco: Morgan Freeman, Brad Pitt, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey, Michael Reid McKay, Leland Orser.
O detetive David Mills é novo na cidade. Ele acabara de se mudar com sua esposa Tracy e ambos estão num ambiente estranho com nada familiar em volta. Ele é lotado na unidade de homicídios do departamento de polícia local. O cartão de visita de David, que é sua imaturidade arrogante, faz com que o detetive William Somerset, a quem irá substituir após a aposentadoria, nutra de imediato uma antipatia e um senso de reprovação constante pelo jovem pretensioso.
Coincidentemente um serial-killer começa a atuar neste período de transição profissional da vida dos dois detetives. Pela complexidade do caso (as vítimas são mortas com motivos inspirados nos sete pecados capitais), é necessário um investigador mais experiente para dar um entendimento às ações do psicopata e, sendo assim, prendê-lo o mais rápido possível evitando novas mortes. Somerset decide adiar sua aposentadoria para capturar o criminoso, mesmo contrariando Mills que acha poder resolver o caso sem a ajuda dele. À medida que novas mortes seguindo as diretrizes estabelecidas pelo louco vão sendo identificadas, o filme vai seguindo uma trajetória sombria onde o desfecho final é totalmente imprevisível e inesperado. Este é um dos filmes mais supreendentes de todos os tempos.
Morgan Freeman e Brad Pitt (com expressões faciais que lembram James Dean em muitos momentos de desespero) vão desbravando o mistério e emprestam um clima de disputa típica dos policiais americanos. Gwyneth Paltrow em seu papel coadjuvante se torna o ponto de aproximação entre os dois agentes e o público. Ela é suave, doce, frágil e de bom coração. Para o público é um oásis que contrasta com o clima apocalíptico que vai dominando as situações até o desfecho final. Com as cenas temperadas num tom pastel e numa iluminação que privilegia as sombras e intensifica o sentimento de impotência para o impedimento das barbáries.
Notas:
Os produtores tinham a intenção de pôr o nome de Kevin Spacey como o primeiro nos créditos iniciais, mas o próprio ator pediu para que ficasse de fora destes créditos. De qualquer forma, o nome de Kevin Spacey é o primeiro na lista dos créditos finais do filme.
O roteiro original previa a participação de uma mulher na equipe forense da polícia, que sempre aparecia nos momentos de "limpeza" dos locais do crime e tinha alguns diálogos com os detetives interpretados por Brad Pitt e Morgan Freeman.
O roteiro de Seven possui referências ao antigo parceiro do detetive Mills, chamado Parsons, que levou um tiro e ficou paralizado do busto para baixo numa operação policial. Este é o motivo pelo qual Mills age de forma superprotetora com Somerset em algumas cenas. Mas todas as referências a Parsons foram retiradas na edição final do filme.
O número sete aparece em diversos momentos ao longo do filme. O detetive Somerset é convidado para jantar às 7 p.m., o clímax de Seven deveria ocorrer às 7 p.m. e todos os prédios que aparecem na cena de abertura começam com o número 7.
Recebeu uma indicação ao Oscar, como Melhor Edição.
Enquanto filmava a cena em que Mills persegue John Doe na chuva, Brad Pitt caiu e machucou o seu braço que quebrou o parabrisa de um carrroe foi necessário que ele fosse levado ao hospital onde fez uma pequena cirurgia. Este acidente foi adicionado ao roteiro para que o filme funcionasse em cima deste imprevisto.
A autópsia, que ocorre no primeiro assassinato, fora escrita incorretamente no primeiro roteiro de acordo com pesquisador de maquiagem Rob Bottin (que assistiu a uma autópsia real como preparação para o trabalho). A cena, em sua primeira composição, já mostrava o corpo de 'Gluttony' sendo costurado, não a seqüência da autópsia completa.
A vítima amarrada à cama há mais de um ano não era um modelo animatronico, mas um ator extremamente magro e que fora intensificado em sua esqualidez através de maquiagem. O maquiador Rob Bottin usou, no ator, uma chapa com dentes maiores que o normal para que a cabeça parecesse menor, dando uma idéia de desnutrição mais acentuada.
Morgan Freeman foi orientado por policiais que estavam no set de filmagem, como consultores para o filme, a não puxar a arma já com o dedo no gatilho pois aquela não era a maneira treinada pelos policiais.
Os executivos da New Line tentaram alterar o final do filme, mas Brad Pitt recusou-se a fazer o filme caso o final fosse mudado.
O roteirista Andrew Kevin Walker escreveu o roteiro no período de dois anos que trabalhou numa subsidiária da Tower Records.
Para a preparação da cena traumática na sala de interrogatório, Leland Orser ficou inspirando e respirando rapidamente para que o corpo ficasse supersaturado com oxigênio dando ao corpo a característica de extasiamento.
Alfonso Freeman, filho de Morgan Freeman, faz o papel de um dos policiais que recolhem digitais no local do crime.
Denzel Washington recusou o papel que acabou sendo aceito por Brad Pitt.
Quando procurando o ator com as características para o papel de Victor (o desnutrido), David Fincher deixou claro que queria alguém incrivelmente magro por volta de 36 quilos. Michael Reid McKay audicionou para o papel pesando na época 38 quilos. Fincher lhe deu o papel e brincou com ele pedindo para perder mais peso. Para sua grande supresa, McKay começou as filmagens pesando 36 quilos.
Votado como o oitavo filme mais assustador de todos os tempos pela Entertainment Weekly.
Título Original: Seven.
Gênero: Policial.
Ano: 1995.
País de Origem: EUA.
Duração: 127 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: David Fincher.
Elenco: Morgan Freeman, Brad Pitt, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey, Michael Reid McKay, Leland Orser.
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