Wednesday, November 01, 2006

REVIEW - A BELA ADORMECIDA

Deleite é a capacidade de satisfação máxima alcançada quando fazemos algo absolutamente satisfatório. Essa é a sensação que temos quando assistimos a um filme da Disney.
O 16º Clássico Disney, A Bela Adormecida, não foge a essa regra e continua nos encantando muito tempo após o seu lançamento, sempre que revemos a clássica história dos irmãos Grimm. Esta versão recebeu uma roupagem de luxo numa animação feita pelos estúdios de Walt Disney na década de 50.
Quando a invejosa bruxa Malévola almadiçoa a princesa recém-nascida Aurora condenado-a à morte antes de completar 16 anos, sendo necessário para isto furar o dedo no fuso de uma roca, as três boas fadas Fauna, Flora e Primavera não têm muito a fazer. Para atenuar o feitiço caso as palavras de Malévola se cumpram, as fadas utilizam um último encanto como presente de nascimento, que ao invés da morte a princesa apenas cairá em sono profundo. As simpáticas fadas resolvem, também, levar Aurora com elas criando-a escondida no meio da floresta até que ela complete 16 anos no intuito de livrá-la de qualquer ameaça.
Embora se esforçem para manter a princesa a salvo, esta, sob influência da Malévola, espeta o seu dedo e adormece. O único que poderá salvá-la é o seu pretendente, o príncipe Felipe, que enfrentará as forças do mal encarnada na figura da bruxa Malévola (uma das melhores vilãs criadas pelo estúdio).
Traços encantadores, trilha sonora inesquecível e personagens carismáticos (com destaque para as fadinhas) selam A Bela Adormecida como um dos filmes de animação mais prazerosos de se assistir.
Notas:
A direção de arte deste filme foi inspirada nas pinturas e arquiteturas medievais.
Tanto em A Bela Adormecida como em Cinderela (1950) os amigos das personagens principais a supreendem com um vestido novo dizendo "Parabéns, parabéns, parabéns. Feliz aniversário".
Atores reais costumam servir como modelos para os animadores. O modelo para o príncipe Felipe foi feito por Ed Kemmer que tinha feito o Comandante Buzz Corry na série de televisão Patrulhas Espaciais (1950), cinco anos depois A Bela Adormecida foi lançada. Para a seqüência da batalha final Kemmer foi filmado em um rack de madeira. Todas as performances dos atores foram exibidas para os desenhistas posteriormente como referência.
O papel do Rei Estevão foi o último papel de Taylor Holmes.
Os estúdios Disney não tem registros da pessoa que fez a voz da Rainha, mãe de Aurora.
O primeiro filme de animação da Disney criado em película de 70 milímetros.
Pela primeira vez em um filme de animação da Disney, um homem estava encarregado das cores, desenhos de fundo e na aparência geral do filme. Aproximando-se de um estilo moderno no desenho e pintura, Eyvind Earle proveu o filme de um estilo artístico único e forte. Mesmo assim, os colegas de Earle não se importavam com os seus métodos de produção e estilo artísitico enquanto o desenho estava em produção.
Eyvind Earle pintou a grande maioria das imagens de fundo deste filme.
Um lançador de chamas foi usado para criar o efeito de som do dragão respirando para o climax do filme. Castanholas foram utilizadas para o som de suas presas se fechando.
Os biscoitos que as fadinhas comem com chá tem o formato da cabeça do Mickey Mouse.
Este foi o último filme da Disney em que as células foram pintadas a mão. A partir de Os 101 Dálmatas (1961) os desenhos sem cores eram xerocados e postos nas células. Algumas cenas de A Bela Adormecida chegaram já a usar o processo de Xerox.
Em produção de 1951 até 1958, estabeleceu um recorde (assim como O Caldeirão Mágico, de 1985) como sendo o filme de desenho animado que mais tempo se levou para ser concretizado.
O terceiro filme da Disney a passar por um processo trabalhoso e muito delicado de restauração. Antes dele apenas Branca de Neve e Os Sete Anões (1937) e Pinóquio (1940) passaram por esse processo.
O elaborado plano de fundo de A Bela Adormecida levava de 7 a 10 dias para ser finalizado. Para contrastar um desenho animado regular leva-se apenas um dia de trabalho para ser feito.
Está em segundo lugar (Dumbo, de 1941, está em primeiro pois a personagem não fala nada em nenhum instante) na posição dos filmes em que a personagem principal tem poucas falas. Na verdade, a princesa Aurora não fala nada durante a segunda metade do filme.
O castelo da Disneylândia recebeu o nome inspirado por este filme, embora o parque já existisse quatro anos antes do lançamento do filme.
A segunda parte de A Bela Adormecida, que é pouco conhecida, envolve a tentativa do príncipe de proteger Aurora e seus filhos da mãe dele que é uma ogra. No final, é claro, ela corre e pula dentro de um pote de serpentes vivas evitando ser morta pelo seu próprio filho.
Este e A Pequena Sereia (1989) são os únicos filmes da Disney em que é dado um nome ao príncipe.
A trilha sonora durante o filme é realizada pela Orquestra Sinfônica de Berlin.
Vários pontos desta história vieram de idéias descartads de uma produção da Disney de contos de fadas que envolvia uma princesa adormecida: Branca de Neve e os Sete Anões. Elas incluem a captura do príncipe por Malévola e a ousada fuga do príncipe do castelo dela. Disney descartou essa idéia de Branca de Neve porque os artistas não eram capazes de desenhar um humano masculino satisfatoriamente com um bom acabamento.
Entre as atrizes que filmaram para elaboração dos desenhos estavam Spring Byington e Frances Bavier.
O corpo esguio e alongado da princesa Aurora foi baseado no de Audrey Hepburn.
Walt Disney tinha sugerido que todas as três fadas tivessem a mesma aparência, mas animadores veteranos como Frank Thomas e Ollie Johston contrariaram esta idéia dizendo que "se todas tiverem a mesma aparência o filme não terá muita emoção". A idéia inicial incluia também sete fadas e não apenas três.
Rose é o nome dado A Bela Adormecida no conto alemão. Aurora é o nome dado na versão italiana.
A misteriosa versão da música em que Malévola hipnotiza Aurora para que esta tenha o dedo picado é chamada de O Gato de Botas e o Gato Branco. Em um balé de Tchaikovsky ela é usada em um número cômico em que dois gatos rosnam e tenham arranhar um ao outro.
Este foi o último filme em que Walt Disney trabalhou.
Título Original: Sleeping Beauty.

Gênero: Animação.

Ano: 1959.

País de Origem: EUA.

Duração: 75 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Clyde Geronimi.

Elenco (vozes da animação original): Mary Costa, Bill Shirley, Eleonar Audley, Verna Felton, Barbara Luddy, Barbara Jo Allen, Taylor Holmes, Bill Thompson.

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