Tuesday, August 29, 2006

REVIEW - TERROR EM SILENT HILL

Terror em Silent Hill é um dos filmes de suspense/terror mais intrigantes da temporada cinematográfica de 2006. Ele mistura um pouco de tudo que se relaciona ao ocultismo: satanismo, magia negra, possessões satânicas, acontecimentos sobrenaturais além de muito drama materno dentro de um cenário típico dos games da nova geração que, por sinal, lhe serviu de fonte inspiradora.
A estória já começa de forma angustiante e confusa para o expectador, que ainda fora do contexto, tenta entender o que se passa para poder situar-se. Rose (Rhada Mitchell) vai atrás de sua filha adotiva, Sharon, (Jordelle Ferland) que sonâmbula foge de casa e quase morre pulando de um penhasco. Repetindo histericamente o nome "Silent Hill" enquanto ainda está sonâmbula. A garota não se recorda de nada quando volta ao seu estado normal, e preocupada em saber o que está acontecendo elas partem para Silent Hill, uma cidade fantasma, em busca de uma explicação. Já na entrada daquilo que foi, aparentemente, uma próspera comunidade elas sofrem um acidente e após acordar do desmaio Rose percebe que Sharon desaparecera. Disposta a achar Sharon a todo custo ela sai à sua procura neste local desconhecido e infestado por criaturas demoníacas e por outros humanos que sobrevivem neste ambiente destrutivo.
Dentro desse tipo de terror moderno a maior dificuldade que se tem é a de encontrar pistas para um diagnóstico das situações. Isso porque o roteiro nos permite saber apenas das situações que acontecem no momento real para a personagem. Ele nega ao público uma certa antecedência dos fatos e nos torna testemunhas temporais do sofrimento de Rose. Sendo assim, embora possamos supor ou arriscar um palpite, as respostas que irão surgir serão reveladas simultaneamente ao expectador e à heroína.
Em Terror em Silent Hill a sensação de pânico é muitas vezes desconfortável. As imagens escuras e sombras em abundância são utilizadas em sua maioria para dar um tom claustrofóbico e misterioso às cenas. Já em outros momentos, em que há necessidade de mais claridade, o tom escolhido é opaco demonstrando a ausência de vida. Com isso, a direção de arte acaba acertando em cheio na constituição do ambiente bizarro que o filme pede. Os efeitos de computação gráfica embora não sejam excessivamente abundantes são de ótima qualidade e bem empregados dentro da trama.
Terror Em Silent Hill foge da escrita dos filmes baseados em jogos 3D que estamos acostumados a assistir. O objetivo se focalizou para além da pura matança e desenvolveu uma história inteligente e bem estruturada. Assim como a personagem no término do filme, nossa sede por respostas não se completa totalmente.

Notas:
Foram criadas cerca de 100 conjuntos de roupas para Rose. Começou com um tom mais claro com cores de verão e a medida que o filme ia progredindo ia se tornando acinzentado e por fim vermelho sangue. Estas mudanças foram tão sutis que dificilmente percebe-se.
A Sony conseguiu o direito para a distribuição do filme na América Latina e Estados Unidos pelo valor de 14 milhões de dólares.
Muitas das criaturas no filme foram personalizadas por bailarinos profissionais, pois só assim eles poderiam ser flexíveis o bastante para desenvolver os movimentos cambaleantes dos monstros.
Foram necessários cinco anos para o diretor Christoph Gans obter os direitos de fazer o filme. Ele conseguiu os direitos após mandar um video para Konami com uma entrevista descrevendo o quanto Silent Hill era importante para ele. Junto com a entrevista ele enviou cenas que ele filmou com seus próprios recursos adicionada com a música do jogo.
No roteiro original existiam apenas personagens femininas. Após submetê-lo o roteiro voltou a Christophe Gans com um memorando dizendo 'não tem homens!' O personagem de Sean Bean foi adicionado e o roteiro acabou aprovado.
A versão vista nos cinemas era a que o diretor Christopher Gans queria que fosse vista. Ele falou em entrevista que os executivos dos estúdio adoraram sua versão e que em nenhum momento pediram para reduzir seu tamanho. Embora o roteiro inicial do filme esperava-se ter uma produção com cerca de 3 horas e meia de duração, o longa nunca foi rodado com essa idéia na cabeça.
Christophe Gans queria Cameron Diaz inicialmente para o papel de Cybil.
O diretor francês Nicolas Boukhrief estava envolvido na criação do roteiro.





Título Original: Silent Hill.
Gênero: Terror.

País de origem: EUA.

Duração: 127 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Christophe Gans.

Elenco: Radha Mitchel, Sean Bean, Jordelle Ferland, Alice Grige, Laurie Holden, Deborah Kara Unger, Kim Coats.

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