Sunday, August 20, 2006

REVIEW - O PECADO MORA AO LADO

Mesmo quem nunca tenha assistido já deve ter pelo menos escutado o título deste filme. Trata-se de um clássico da comédia rodado na década de 50. O mestre Billy Wilder dirigiu para às telas a filmagem de uma das peças de maior sucesso na Broadway. O sucesso de O Pecado Mora ao Lado deveu-se não apenas pelo fato de ter sido dirigido pelo grande Wilder, mas pela participação luminosa do mito Marilyn Monroe que não precisou nem ter um nome na trama para que sua personagem se tornasse inesquecível.
O Pecado Mora ao Lado inicia-se inteligentemente de forma machista e sarcástica fazendo uma relação entre a tribo indígena que ocupava a ilha de Manhattan e a tradição perpetuada até os dias atuais pelos habitantes de Nova Iorque. Segundo a lenda, o período de férias dos filhos era um momento em que os homens aproveitam para tornarem-se "solteiros" novamente, já que suas famílias eram embarcados em viagens para outros locais voltando apenas para o começo das aulas. Isso tudo para explicar a crise dos sete anos que está relacionado ao título literal do filme Urticária dos Sete Anos.
Richard (Tom Elwell), entretanto, apresenta dificuldades em assimilar este costume masculino em toda sua amplitude. Ele pode abrir a tampa de uma garrafa no trinco do armário, deixar as roupas espalhadas pela casa, mas quando uma loira atraente se muda para o apartamento de cima e começam a se tornar mais íntimos, sua consciência sempre o impede que tome uma atitude que posso torná-lo infiel à sua esposa.
As cenas mais engraçadas do filme são aquelas em que ele de forma patética constrói situações imaginárias e estapafúrdias na qual é descoberto como adúltero e vai sofrendo reprovação pelos seus atos por toda a vizinhança e até mesmo pela sua nova amiga do andar superior. Sua criatividade extrapola os limites do bom senso e o leva até a pensar que sua esposa pode estar lhe traindo com um rival.

Notas:
O casamento de 9 meses com Joe Dimaggio acabou durante as filmagens de O Pecado Mora ao Lado.
A clássica cena em que Marilyn Monroe tem sua saia levantada pelo ar que vem do túnel do metrô foi rodada na Lexington Avenue, em Manhattan, na Rua 52, em 15 de Setembro de 1953 de 1 hora da madrugada. Cerca de cinco mil pessoas se aglomeraram no local assoviando e soltando cantadas a cada take que era necessário repetir já que Marilyn Monroe estava sempre errando as falas. Isso tudo acontecia na frente do seu então marido, Joe Dimaggio constrangido e chateado. As cenas rodadas em Nova Iorque nunca foram para as telas. O barulho da multidão tornou o aproveitamento delas impossível. O diretor Billy Wilder teve que refazer a cena montando todo o cenário no estúdio da Fox e mesmo assim foram necessários 40 tomadas para que Marilyn pudesse realizá-la corretamente.
Durante sua vida, Marilyn teve períodos destrutivos e de grandes depressões e o resultado vinha à tona durante as gravações. Ela freqüentemente se perdia nas cenas e esquecia suas falas chegando a ter que refazer muitas cenas até 40 vezes para que se chegasse num resultado safisfatório.
Os constantes atrasos e problemas de Marilyn fizeram o filme extrapolar a marca dos 1.8 milhões de dólares (valor muito alto para época), mesmo assim ele teve uma boa rentabilidade.
Depois de ver a apresentação de Walter Matthau num teste de cena, Billy Wilder teve a certeza de ter encontrado o ator para o papel principal. A Fox, no entanto, não queria arriscar a produção contratando um novato. Wilder acabou então voltando seus olhos para Tom Ewell que interpretava originalmente o mesmo papel na Broadway.
O roteiro foi adptado da peça da Broadway The Seven Year Itch, que fora escrito por George Axelrod. Nos palcos, originalmente, estrelava Tom e Vanessa Brown. Quando o projeto se mudou para a Fox, Vanessa foi substituida na adpatação cinematográfica pela sex symbol Marilyn Monroe. Devido ao Código Hayes de censura às produções de cinema, os diálogos e insinuações do filme foram diminuidos significantemente em relação à peça.
Toda a estória do filme foi elaborada com base na primeira cena de The Major and The Minor, o primeiro filme dirigido por Billy Wilder em 1941, com Ray Miland e Ginger Rogers.
Surpreendentemente, os finíssimos saltos usados por Marilyn na famosa cena da saia não foram danificados pela grade de ventilação do metrô. Aquele era um problema universal já que muitas mulheres tiveram seus saltos arrebentados quando presos.
Os direitos do filme pertenciam originalmente a Paramount. Após a saída do diretor o projeto mudou-se para a Fox.
George Cukor foi o diretor original para fazer o filme. Ele acabou desistindo do projeto e Billy Wilder, após o término do seu contrato com a Paramount em 1954 (seu último filme com o estúdio foi Sabrina), assumiu o projeto.
Houve uma importante campanha promocional para o simples lançamento do filme. Incluindo uma foto gigante de 16 metros da cena da saia esvoaçante de Marilyn. O adereço foi posto no Loews State Theater, na Times Square, em Nova Iorque.
Cerca de dois anos após os acontecimentos na Levingstone Avenue, Marilyn Monroe e Joe Dimaggio compareceram à première do filme de braços dados.



Título original: The Seven Year Itch.

Gênero: Comédia.

Ano: 1955.

País de origem: EUA.

Duração: 105 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Billy Wilder.

Elenco: Marilyn Monroe, Tom Ewell, Evelyn Keyes, Sonny Tufts, Robert Strauss, Oskar Homolkar, Marguerite Chapman.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Esse eu naum vi :T mas parece-me ser muuuito bom *-*


:*

12:07 PM  

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