Monday, May 08, 2006

REVIEW - ULTRAVIOLETA


A transposição para as telas dos personagens dos comics ou de videogames chegou a um ponto de saturação que não basta apenas ser conhecido. Tem que haver um roteiro inteligente e que não substime a capacidade do público de compreesão dos fatos. Tem que ter um mínimo de lógica. Mesmo que se gaste milhões em efeitos especiais sem uma boa estória o fracasso nas bilheterias é certo. Infelizmente o carisma de Mila Jovovich não salvou o filme Ultraviolet. O diretor/roteirista Kurt Wimmer teve como fonte inspiradora o conto cult de John Cassevettes, Gloria (1980), como se fosse uma estória em quadrinhos de ação e aventura. A estória se passa no futuro, depois que um vírus se propaga contaminando uma parcela da população transformando-as em hematófagos (vampiros) com poderes sobre humanos. O governo, então, empreende uma caça a esses mutantes com intenção de exterminá-los e livrar a terra desta doença. Violet (Mila Jovovich) faz parte dessa parcela da população infectada. Ela integra força de resistência dos seres mutantes que luta contra o governo do Arquiministro. Violet é designada para roubar uma nova arma secreta desenvolvida pelo governo para exterminar todos aqueles que compõe a nova raça. A partir de então ela descobre que existe interesses maiores que simplesmente erradicar os seres bestiais.
Repleto de efeitos visuais (90% do filme parecer ter sido criado pelo computador) e, mesmo com outras tantas mais cenas empolgantes ele não consegue decolar em nenhum momento. Como toda película metafórica, Ultraviolet tentou traçar um paralelo à uma sociedade dominada pelo estado e principalmente por aqueles que o compõe subjugando parte dessa sociedade tida como incapacitada. Com pretensão de ser cult ele se torna enfadonho e cansativo deixando de prender a atenção do expectador. As lutas são boas e bem coreografadas, entretanto, se tornam logo abusivas, repetitivas e desncessárias para composição da estória. O figurino é camaleônico. A personagem não troca só de roupa mas também troca de cabelo o tempo todo...digo, as cores dele. Novo poder futurista de metamorfose vampiresca.
Outro ponto fraco foi ter no elenco o intérprete mirim Cameron Bright - será que ninguém ainda teve coragem de avisá-lo que ele não tem vocação para atuar ? O garoto consegue ser pior do que no constrangedor Reencarnação.
A visão política de Ultraviolet não sobrevive como meio-mensagem nesse cenário high-tech sulreal e acaba se afogando no banho de sangue que o todo se constitui. Acredito que a quantidade de pessoas mortas superam a de todos os filmes de serial killers já produzidas até hoje.
Notas:
Kurt Wimmer escreveu o roteiro do filme tendo em mente Milla Jovovich no papel principal.
Enquanto dirigia no set, Kurt Wimmer pediu para Milla acerta-lhe para que ela conseguisse dar uma intensidade maior nas cenas de ação. Durante vários dias depois o diretor permaneceu dirigindo o filme com o olho roxo.


Título original: Ultraviolet
Genero: Ficção/Ação
Ano: 2006.

País de origem: USA.

Duração: 88 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Kurt Wimmer
Elenco: Milla Jovovich, Cameron Bright, Nick Chinlund

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