Sunday, May 21, 2006

REVIEW - A PROFECIA (1976)



Um dos grandes filmes de terror da década de 70, A Profecia se tornou um cult seguindo os passos do seu predecessor, O Exorcista.
Os dois tratam de temas em que a personagem central são as forças demoníacas, baseados em fatos reais e previsões catastróficas. No caso de A Profecia, são relatos encontrados na Bíblia e nas profecias feitas por Nostradamus no século XVI que indicam o nascimento do anticristo marcado com o número 666.
O grande diferencial em A Profecia é que o agente responsável pelas tragédias é aqui representado por uma criança com uma aparência angelical, mas com um olhar sinistro. O Diretor Richard Donner (incansável até hoje !) explora o fato de todo o mal estar concentrado no pequeno Damien e em sua figura desprotegida. Nada mais assustador do que dar as forças do mal uma vestimenta supostamente inofensiva tornando-o mais difícil ainda de se combater. A Profecia chega a assustar mas não se compara a intensidade e vigor do pânico que nos é apresentando em O Exorcista onde os efeitos especiais foram amplamente explorados.
Gregory Peck e Lee Remick têm uma boa sintonia e dão uma credibilidade a mais ao filme. O elenco de apoio também é muito bom com destaque para Billie Whitelaw como a babá.
Robert Thorn (Gregory Peck), Embaixador norte-americano na Itália, aceita trocar o seu filho, que nasceu morto, por um outro bebê que nascera na mesma hora mas que a mãe havia falecido durante o parto. Preocupado com sua esposa, Katherine Thorn (Lee Remick), que há muito esperava engravidar e ter a criança, ele acaba aceitando a oferta do padre e da freira do hospital que desejavam entregar-lhes a criança dispensando todos os protocolos concernentes. Aos poucos ele vai observando que situações estranhas e mortes bizarras estão ligadas a presença de seu filho adotivo. Com a ajuda do jornalista Keith Jennings (David Warner) e do padre Brennan (Patrick Troughton) ele tentará descobrir qual a origem de Damien (Harvey Stephens) onde acabará se deparando com uma verdade aterradora.
Notas:
Roy Scheider, William Holden e Charlton Heston recusaram o papel principal. Gregory Peck estava há cinco anos sem filmar quando decidiu interpretar John Thorn. William Holden, por fim, decidiu atuar na seqüencia do filme.
Para fazer com que os babuínos do zoológico de Windsor atacassem o carro, um funcionário do parque estava no banco de trás do carro segurando o babuíno líder do grupo despertando a fúria dos demais do lado de fora. O pânico demostrado por Lee Remick nesta cena é real.
Na cena em que Lee Remick derruba o aquário quando é atingida por Damien, os peixes que aparecem dentro do vidro se despedaçando no chão são sardinhas pintadas de laranja. O diretor não quis sacrificar peixinhos dourados em favor do realismo no filme.
A filmagem da queda de Lee Remick atingindo o chão foi feita construindo-se um chão na vertical (na parede) e puxando Lee Remick, em pé, contra esta parede.
Fatos bizarros ocorreram com integrantes do elenco e equipe de produção: 1) Gregory Peck e o roteirista David Seltzer tomaram aviões diferentes para Inglaterra e ambos os aviões foram atingidos por raios. 2) Quando o produtor Harvey Bernard estava em Roma um raio quase o atingiu. 3) Os Rottweilers atacaram os treinadores durante as filmagens. 4) O hotel em que Richard Donner estava hospedado foi bombardeado pelo IRA. 5) Quando Gregory Peck trocou de vôo para as filmagens em Israel, o avião que inicialmente deveria tomar caiu matando todos os passageiros. 6) Num um dia de filmagem vários membros da equipe sobreviveram a uma batida que atingiu de frente o carro em que estavam. 7) Na pós-produção do filme a noiva do técnico em efeitos especiais John Richardson teve a cabeça decepada e ele ficou ferido num acidente durante as filmagens de A Bridge too Far.
Na cena final Richard Donner usou a psicologia reversiva dizendo para Haven Stephens não dar risadas pois se ele o fizesse "eles não seriam mais amigos". Obviamente Haven ficou com vontade de dar risadas mas apenas riu um pouco olhando para a câmera.
De acordo com pelo menos uma biografia, Gregory Peck aceitou o trabalho no filme por um corte brutal no seu salário para meros 250 mil dólares. Entretando lhe foi garantida a participação de 10% nos lucros das bilheterias. Quando as bilheterias atingiram o valor de 60 milhões de dólares este se tornou o trabalho mais bem pago de Gregory Peck.
Foi oferecida a direção do filme para Mike Hodges, mas ele recusou. Em A Profecia 2 ele dirigiu por 3 semanas mas foi demitido tendo em vista suas diferenças criativas com os produtores.
Richard Donner atribui o sucesso do filme ao compositor Jerry Goldsmith cuja música fez o filme se tornar mais assustador do que seria se ele não estivesse participando do projeto. Jerry recebeu 250 mil dólares para realizar o projeto e recebeu o Oscar neste ano por esta participação.
Após a exibição do filme os Rotweilers aumentaram sua popularidade nos Estados Unidos.
Richard Donner decidiu por escurecer o cabelo de Haven Stephen que era loiro. O motivo era para dar um ar mais sinistro ao personagem Damien.
O valor de produção do filme foi de 2,8 milhões de dólares, e duas vezes mais que isso foram gastos para a sua promoção.
Título original: The Omen
Genero: Terror.

Ano: 1976.

País de origem: USA/Inglaterra

Duração: 111 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Richard Donner.

Elenco: Gregory Peck, Lee Remick, Haven Stephens, David Warner, Billie Whitelaw, Patrick Troughton.

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