Sunday, April 30, 2006

REVIEW - TUBARÃO II


Ainda seguindo o vácuo deixado pela avalanche Tubarão (1975), chegou as telas, em 1978, uma continuação de um dos filmes mais populares de todos os tempos, Tubarão II. Como todo filme que segue um antecessor tentando obter o mesmo êxito, o problema enfrentado é o mesmo: roteiro previsível. Não é tarefa fácil dar seqüencia a um filme quando ele por si só já esgotou as opções que o diferenciam. Uma nova estória seguindo os passos do primeiro sucesso em que se baseia é um grande risco. Um filme de contornos tão marcantes e que influenciaram de forma tão inovadora não pode ter sua idéia massacrada em continuações pois estará se expondo ao fracasso comercial e artísitico. A comparação é inevitável e é nela que reside o perigo em filmar uma segunda parte de uma estória cujo assunto tivera já sido explorado da forma mais genial possível.
Tubarão II tem o mesmo elenco que compõe o primeiro filme. Aqui um outro Tubarão enlouquecido aparece levando, novamente, pânico à ilha de Amity. Igualmente como ocorreu no primeiro filme, em Tubarão II, as autoridades locais, lideradas pelo prefeito Larry Vaughn (Murray Hamilton) , não levam em consideração o alerta de perigo feito pelo chefe de polícia Brody (Roy Scheider). Um punhado de novas vítimas é o resultado deste novo descaso.
Como era de se esperar nada de foi acrescentado, absolutamente NADA. A maior diferença é que o foco dos ataques ficam direcionados a um grupo de adolescentes que saem em regata com seus veleiros tornando-se alvos fáceis do poderoso peixe.
Espero que não existam tantos Tubarões assassinos quanto parece haver para o produtores dessa quadrilogia (ainda existem mais dois filmes, Tubarão 3 e 4) caso contrário acaberemos torcendo pelos tubarões.

Notas:
O diretor original do filme era Jonh D. Hancock mas este fora despedido e substituido por jeanot Szwarc.
Steven Spielberg e Richard Dreyfuss foram convidados para dirigir e atuar esta continuação entretanto como as filmagens de Contatos Imediatos de 3º Grau estavam atrasadas ele recusaram a participação.
Na varanda da frente da casa de Brody tem um vaso de planta pintado com um amarelo bem vivo. Esta vaso foi usado como uma das barreiras no primeiro tubarão.
No roteiro final do script, Marge e o homem do helicóptero sobrevivem ao ataque do tubarão se escondendo nas bolhas do helicóptero. No final eles são vistos chegando a Cable Junction então presumidadamente sobrevivem no filme.
Quando a equipe voltou para filmar em Marth Vineyard já era outono e as árvores já haviam perdido suas folhas. Para parecer verão, a equipe de produção colou folhas falsas para dar a idéia de que ainda era verão.
A cena do helicóptero levou 4 dias para ser filmada.
O cameraman usou uma cela de cowboy para filmar algumas cenas em cima do tubarão.





Título original: Jaws 2

Gênero: Suspense/Ação.

Ano: 1978

País de origem: USA

Duração: 116 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Jeannot Szwarc.
Elenco: Roy Scheider, Murray Hamilton, Lorraine Gary.

Friday, April 28, 2006

REVIEW - TUBARÃO


Tudo parece calmo na pacata ilha de Amity na costa americana até que o desaparecimento de uma moça levanta suspeitas se realmente houve afogamento ou haveria ela sido atacada por um enorme animal marinho ? O xerife local, Martin Broody (Roy Scheider) se empenha para verificar o que realmente ocorreu e para isso contata o oceanógrafo e perito em tubarões Matt Hooper (Richard Dreyfuss) o qual confirma a tese que a vítima encontrada na praia fora atacada pelo peixe. A partir de então, Martin irá travar uma batalha contra o prefeito local, que se mostra irredutível em fechar as praias pois isso resultaria em perda de lucros neste periodo de alta estação, bem contra a fera que não desperdiçará a chance de fazer outras vítimas.
Um marco no gênero suspense no cinema, Tubarão, embora já tenha completado mais de 30 anos, ainda é um das melhores forma de vivenciar tensão. Divisor de águas e precursor de um novo estilo que definiu muitos filmes da década de 80, ele continua, sem dúvida, como uma ótima forma de aumentar as descargas de adrenalina em qualquer pessoa.
Baseado num livro de Peter Benchley e dirigido pelo, na época, ainda inexperiente mas incrivelmente prodígio, Steven Spielberg, o filme do peixe-monstro que ataca mortalmente pessoas numa praia dos Estados Unidos, ainda conquista novos adeptos para sua legião de fãs. Adorado e cultuado, Tubarão se tornou refêrencia em filmes do tipo "terror animal" como o que causou maior impacto e se constituindo como a 7ª maior bilheteria do cinema inaugurando o gênero arrasa-quarteirão. Foi considerado através de votação popular o 3º melhor filme de todos os tempos, também foi votado pela revista Empire Magazine como o 10º melhor filme já produzido. Sua trilha sonora é marcante, funcionando como a "voz" do animal sendo o prenúncio de sua chegada e de seu ataque. As cenas aquáticas são antológicas. Nessas cenas se tem a perspectiva da aproximação do peixe à sua vítima num plano de filmagem ao nivel do mar, aumentando a angústia dando um senso maior de realidade a ação.
Responsável por manter muita gente fora d'água até hoje (ganhando força após os recentes ataques de tubarão à banhistas nas praias do Recife), "Jaws" mantém-se como um dos melhores filmes de todos os tempos.

Notas:
7ª Maior bilheteria de todos os tempos (valores atualizados).
3º lugar como o melhor filme de todos os tempos, eleito através de pesquisa/voto popular.
10º Lugar como o melhor filme de todos os tempos pela Empire Magazine.
Lorraine Gary foi a primeira atriz contratada para fazer o filme no papel de Ellen
Brody.
A maior preucupação de Spielberg fora a atuação e performance do tubarão mecânico era o risco das câmeras filmarem a terra, já que não estavam filmando em alto mar.
Na cena em que Brody atira no peixe, o gatinho emperra 4 vezes antes de disparar.
Um acidente durante as filmagens fez com que o barco "Orca" começasse a afundar. Steven Spielberg chamou pelos botes de resgate para apanhar os atores. Um técnico do som já com água até os joelhos gritou e mantendo um gravador em cima da cabeça gritou "que se fodam os atores, venham resgatar a equipe de som". Mais tarde mergulhadores recuperaram a camera do fundo da água e levaram para um laboratório dem Hollywood onde o filme foi salvo.
O "Forward track, zoom out" usado quando Brody percebe que Alex Kinter foi devorado pelo tubarão na cena da praia é chamado por alguns professores de video, que indicam seus estudantes a usarem esse recurso, como "O enquadramento do Tubarão". Entretanto esse enquadramento é puramente o reverso do enquadramento chamado "forward zoom and reverse track" inventado por Irmin Roberts para o filme "Um Corpo que Cai" para dar destaque e ênfase aos enquandramentos em lugares altos.
A frase "Você vai precisar de um barco maior" esta listada como a 35ª entre as 100 do Instituto Americano de Cinema.
Em entrevista Rob Scheider disse que as tapas que ele levou da Srª Kintner, mãe de Alex Kintner, foram verdadeiras aparentemente a atriz não sabia fingir um tapa e as várias tomadas desta cena que foram repitdas foram consideradas por ele como uma das mais dolorosas da sua carreira.
Steven Spielguerb afirmou em entrevista que sem o música título criada por Jonh Williams o filme teria feito apenas a metade do sucesso que foi. A princípio ele não acreditava que ela funcionasse tão bem.
Num depoimento em biografia recente Spielberg disse que Robert Duvall o encorajou para a realização do filme. Spielberg o convidou para o papel de Brody mas Duvall recusou alegando que não queria se arriscar ficando muito famoso.
Lee Marvin foi considerado para o papel de Quint embora Spielberg não gostasse de usar atores muito famosos em seus filmes. Marvin recusou e disse que preferia ir pescar.
Charton Heston ficou tão desapontado em ter sido preterido no papel de Brody que fiz comentários severos a respeito de Spielberg e intencionou nunca mais trabalhar comm ele novamente. Algum tempo mais tarde Spielberg ofereceu a Heston o papel do general Stiwell no filme 1941, mas Heston não aceitou.
A praia utilizada para rodar o filme foi Marth Vineyard no Massachussets.
Primeiro filme a alcançar a marca dos 100 milhões de dólares.
Victoria Principal foi cotada para o papel de Ellen Brody.
Sterling Hayden foi cotado para o papel de Quint só que como o mesmo devia ao Tesouro americano impostos não pago tentou-se burlar o esquema pagando a Sterling como escritor e não como ator (que era onde os impostos eram devidos) mas como o esquema poderia ser percebido pela fazenda americana Sterling acabou sendo substituido por Robert Shaw.
Indicado para 4 Oscars (inclusive melhor filme) , ganhou 3 (som, trilha sonora e melhor edição).



Título original: Jaws
Gênero: Suspense/Ação.

Ano: 1975
País de origem: USA

Duração: 123 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Roy Scheider, Richard Dreyfuss, Robert Shaw, Lorraine Gary.

Wednesday, April 26, 2006

REVIEW - HULK


Quando ouvimos falar no diretor Ang Lee a primeira idéia que vêm a nossa mente é sensibilidade. E uma das suas melhores direções é exatamente Razão e Sensibilidade. Então o que pensamos quando imaginamos Ang Lee dirigindo Hulk ? É no mínimo curioso saber como ele trará um resultado substancial num filme inspirado nos quadrinhos da Marvel puramente fantasioso e fora da realidade. O resultado frustra, em parte. Não conseguimos identificar se a proposta era ser um filme filosófico com um fundo fantasioso ou o inverso. É uma pena verificar que para tornar o filme "real", dentro do roteiro, o diretor apela utilizando conflitos de relações para justificar dramas psicológicos da profundidade de um pires. A impressão que se tem é que os personagens se satisfazem sendo infelizes gratuitamente. Os diálogos soam ingênuos como se o filme fosse direcionado para uma platéia com menos de 10 anos de idade. Eles não conseguem expressar de forma concisa e verossímel dando seriedade às condições enfrentadas pelas personagens. Nesse sentido acabamos perdendo o interesse na dimensão das causas.
O roteiro é bem fiel à versão dos quadrinhos e traz o verdadeiro Hulk e seus poderes como foi criado originalmente. Portador de uma alteração genética herdada de seu pai, cientista militar e que se usava de cobaia em seus experimentos, Bruce Banner (Eric Bana) começa a perceber alterações mutantes em seu corpo após receber acidentalmente, de forma sobre-humana, uma forte carga radiotiva. Ao mesmo tempo ele tem que lidar com pesadelos relacionados à época que tinha 4 anos de idade e perdera seus pais e, também, ao fato de não poder corresponder ao grande amor de sua vida Betty Ross (Jennifer Conelly).
Nada surpreendente nas interpretações do filme. Eric Banna apresenta uma atuação boa à mediana, entretanto Nick Nolte (no papel do pai do Hulk) beira o caricatural e Jeniffer Connely praticamente passaria despercebida se não fosse sua beleza. A atuação da menina de Labirinto é neutra e resume-se praticamente a um pudim de lágrimas em quase todas as cenas.
Recheado de efeitos especiais de primeira geração, o filme tem muitos méritos também por parte do diretor. Um desses méritos esta relacionado ao artifício em que se fraciona a tela em várias perspectivas de uma mesma imagem criando um ambiente de quadrinhos muito inspirador. Uma cena de grande impacto que teve a maestria da genialidade de Ang Lee é a do encontro do homem e do monstro no espelho, a melhor do fillme. A direção de arte também é fantástica, transplantando com muito bom gosto o cenário multi-colorido dos comics para a tela grande e que funcionou muito bem.
Embora não seja o melhor trabalho de Ang Lee, Hulk deve ser visto pelo conjunto da produção sobressaido-se acima da média.

Notas:
Ang Lee recusou a direção de Exterminador do Futuro 3 para poder dirigir Hulk.
Nick Nolte foi sempre a primeira escolha para interpretar o pai de Bruce Banner.
O filme precisou de 12 anos para ser produzido pois não havia tecnologia suficiente para os efeitos especiais necessários.
A equipe de figurino foi instruida que não seriam utilizados batas nos laboratórios.
O arranjo musical de David Elffman é uma homenagem proposital ao compositor Bernard Herrmann que trabalhou com Alfred Hitchcock em vários filmes.
Os produtores decidiram mostrar o Hulk a luz do dia após um tempo para que as pessoas se acustumassem com sua figura aos poucos.
A primeira tranformação completa de Hulk levou 4 takes para ser feita levando Eric Bana a quase sofrer um colapso.
A luta de Hulk com os três cachorros mutantes foi a cena mais complicada do filme e o mais difícil trabalho da Industrial Light and Magic até aquela data. A cena tem um terço do que estava previsto no storyboard. Não foi filmado de forma completa porque sairia muito caro.
O mapa do complexo militar do filme levou três meses para ficar pronto.
Para dar mais credibilidade ao aspecto de cientista "nerd" de Bruce Banner a figurinista Marit Allen teve que compor roupas menos justas e mais largadas para esconder o fato de que Eric Bana estava em perfeita forma.
Em meados da década de noventa quando já se iniciava os trabalhos de produção do filme o ator mais cotado para representar Bruce Banner era johnny Depp.
Ang Lee interpretou os movimentos do Hulk o qual fora digitalizado para o filme através da técnica de "Motion Capture".
A casa usada por Betty Ross (Jeniffer Conelly) foi utilizada nas filmagens de O Sol é Para Todos (1962) com Gregory Peck no papel principal.
O filme detém o segundo lugar em queda de público na segunda semana: queda de 69,07% comparando a primeira com a segunda semana.
O primeiro comic do Hulk foi lançado em maio de 1962.
Steve Busceni, David Duchovny e Jeff Goldblum fizeram testes para o papel de Bruce Banner.
O papel de Bruce Banner foi oferecido a Tom Cruise mas o mesmo recusou.
O uso do nome David Banner para o pai de Bruce Banner foi uma referência ao personagem David Banner do seridado de televisão O Incrível Hulk (1977). Originalmente o nome do pai de Bruce é Brian Banner.
Para compor o personagem Nick Nolte deixou seu cabelo crescer de forma desleixada e neste mesmo periodo ele foi preso por dirigir embriagado. Ele foi fichado com a mesma aparência que está no filme.


Título original: Hulk
Gênero: Ação.
Ano: 2003

País de origem: USA
Duração: 138 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Ang Lee
Elenco: Eric Bana, Jennifer Connelly, Nick Nolte, Sam Eliot, Josh Lucas

Tuesday, April 25, 2006

REVIEW - DOOM A PORTA DO INFERNO


Chega às telas mais um filme baseado nos games para Pc. Doom foi uma grande febre espalhada pelos computadores dos adolescentes durante toda a década de 90. Estranhamente apenas agora, após o pico da "coqueluche", é que foi feita uma adptação ao cinema. Infelizmente o filme em nenhum momento decola e ficamos com aquela impressão de que ele é sustentado apenas pelo fato de dar-nos uma estória com um certa diretriz àquele jogo que começa já em ritmo frenético.
Melhor que A Casa da Morte (sem dúvida alguma, o pior filme de adptação de jogos já feito) e inferior ao charme de Resident Evil (leia-se Milla Jovovich), Doom nos conduz a um cenário aquém daquele que imaginaríamos que fosse.
No ano de 2145 laboratório espacial em Marte é contaminado por vírus mutante e uma equipe de cientistas fica presa dentro da área restrita em regime de quarentena. Pelotão de elite é designado para descontaminar a área e verificar o que ocorreu realmente no laboratório, salvando os cientistas e recuperando os registros e informações.
A idéia de experiência genética transformando homens em zumbis é clássica e já foi mais do que explorada nos recentes filmes de suspense/terror/ficção high-tech. Doom acrescenta pouca coisa ou praticamente nada ao que se já sabe sobre os monstros sintéticos dos filmes desse gênero. Nem mesmo as atuações dão uma compensação maior, caso o enredo do filme não convença àqueles que desconheçam completamente o game. Os efeitos especiais não apresentam nada de espetacular e se mantém como medianos comparados com os da atuais safra. A interpretação de Dwayne 'The Rock' Johnson (O Retorno da Múmia, Escorpião Rei) como Sarge, o líder dos marines que invade o local, é simplesmente horrível! Ele não sabe interpretar nem ele mesmo. A direção do filme ainda ajudou a piorar a situação do rapaz dando uma inconstância na personalidade da personagem. Em um momento ele é o líder preocupado com a sobrevivência de todos, em outro momento ele pouco se importa com qualquer um. Pense na confusão!
Notas:
A personagem de Sarge foi inspirado em Master Sergeant Thomas Kelly um das principais figuras do game Doom 3.
O nome do cientista lider da equipe Tood Carmack é em homenagem aos sócios da ID Software Todd Hollenshead e John Carmack criadores do game Doom inclusive do Doom 3 no qual o filme foi baseado.
Foi oferecido a 'The Rock' o papel para interpretar John Grimm mas o mesmo recusou alegando que achava o papel de Sarge mais interessante.
Uma explosão nuclear destruindo as instalações da base de pesquisa em Marte foi filmada mas foi descartada na edição final.
Algumas cenas foram eliminadas devido ao alto grau de violência digital utilizada.
A seqüencia do atirador em 1ª pessoa demorou 14 dias para ser filmada.
O orçamento foi de US$ 70 milhões.



Título original: Doom.
Gênero: Ação / Ficção Científica / Terror.
Ano: 2005.
País de origem: USA / República Tcheca.

Duração: 113 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Andrjez Bartikowiak.
Elenco: The Rock, Karl Urban, Rosamund Pike.

Thursday, April 20, 2006

REVIEW - ROBIN HOOD (1938)


Testemunham as minhas tias que o melhor programa para se fazer no final de semana, há 50 anos atrás, era ir as matinês e assistir filmes do tipo capa e espada. Elas falavam da gritaria e do barulho que era dentro do cinema até que o filme começasse... depois, todos calados e atentos a telona. A partir de então elas mergulhavam num mundo mágico em que tudo era possível de se realizar. Elas tiveram a oportunidade de vivenciar o período mais produtivo e criativo da história do cinema. As décadas de 30/40, período conhecido como a Era de Ouro de Hollywood, o cinema americano produziu os filmes mais caros e entre elas está As Aventuras de Robin Hood. A película permanece até hoje como uma das prediletas do público e o ator Errol Flynn entre os atores preferidos das mocinhas na época. Errol Flynn, eternizou-se como o bandido fora-da-lei que praticava crimes em favor de seu povo vestido com um roupa colante verde e usando um bigodinho ralo "a la Clark Gable".
Um dos grandes filmes representantes da Era de Ouro do cinema Hollywoodiano, As Aventuras de Robin Hood continua a ser umas das versões mais conhecidas da estória do nobre deposto de seus bens e que se torna fora da lei roubando dos ricos para distribuir com os pobres. Fiel ao rei Coração de Leão, recusa-se a aceitar a dominação normanda sobre os saxões exercida pelo ganancioso irmão do monarca desaparecido e passa a se confrontar diretamente com o usurpador do trono, na esperança do retorno do legítimo herdeiro da coroa. Ao mesmo tempo, ele se apaixona pela protegida do Rei, a bela normanda Marian (Olivia de Havilland). O roteiro privilegia as cenas de ação, perseguições, lutas e embates clássicos com o suporte de um cenário luxuoso e externas muito bem filmadas. O desenlace da estória pode parecer um tanto quanto ingênuo, mas ai reside o charme e a nostalgia que há muito tempo não existe.
O filme, embora já tenha quase 70 anos, ainda funciona como um ótimo entretenimento prendendo a atenção da pláteia de todas as idades nos dias atuais.

Notas:
Originalmente o filme seria interpretado por James Cagney, mas o mesmo desistiu e as filmagens foram adiadas por quase 3 anos.
O diretor Michael Curtiz (Casablanca) assumiu a direção do filme quando os produtores acharam que faltavam mais impacto nas cenas de ação.
Os atores e dublês que eram atingidos pelas flechas recebiam 150 dólares por cada vez que isso ocorresse.
O arqueiro responsável pelos lançamentos era Howard Hill. Ele ainda interpretou o capitão dos arqueiros que é derrotado por Robin Hood no concurso de arco e flecha no filme. A proeza de dividir a flecha em duas, que deu a vitória a Robin Hood no filme, foi de Howard. A cena foi feita em apenas uma tomada.
O som proveniente da flecha de Robin Hood é o som preferido de Ben Burtt, editor de som, que utilizou este mesmo som na trilogia Jornadas nas Estrelas.
O trailler de cinema contém uma cena em que Marion e Robin Hood se beijam no final do filme em cima do cavalo. Esta cena foi deletada e não aparece no filme.
Este foi o filme mais caro, até aquela presente data, bancado pelos estúdios da Warner: 2 milhões de dólares.
Os dublês usavam uma proteção embaixo das roupas protegendo a caixa toráxica do impacto das flechas.
A produção utilizou todas as 11 câmeras que filmavam em technicolor naquele tempo. Ao fim do dia de cada filmagem as câmeras eram devolvidas à Technicolor.
Até aquela época o filme foi o que mais empregou dublês em um mesmo filme.
Errol Flynn não gostou quando Michael Curtiz foi chamado para continuar as filmagens. Eles tiveram vários desentendimentos enquanto filmavam Captain Blood (1936).
Numa cena de luta um dos extras espetou Errol Flynn com uma espada sem proteção. Perguntando o motivo por ele não ter protegido a espada o extra explicou que foi ordem do diretor Michael Curtiz que queria que a cena fosse mais emocionante. Errol Flynn se dirigiu ao diretor pegou o mesmo pela garganta e perguntou se aquilo era emocionante o suficiente.
Título original: The Adventures of Robin Hood
Gênero: Aventura/Romance

Ano: 1938

País de origem: USA.

Duração: 102 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Michael Curtiz e William Keighley

Elenco: Errol Flynn, Olivia de Havi, Basil Rathbone, Claude Rains

REVIEW - AS ARMAÇÕES DO AMOR



A já clássica comédia romântica esta de volta em Armadilhas do Amor. Sem nada a acrescentar ao gênero o filme restringe-se à interpretação canastrona de Matthew McCNaughey e a participação quase que escolar de Sarah Jessica Parker que dá a mesma alma a todas as personagens que interpreta (assistam outros filmes dela e verão como ela é igual em todo trabalho). Poderiam pelo menos, para compensar, aumentar as cenas com a peso-pesado Kathy Bates. É inacreditável que uma atriz desse quilate perca seu tempo com um filme tão pouco desafiador. Deve faltar bons papéis em hollywood para mulheres de meia idade ultimamente.
O filme trata da estória de Tripp (Matthew McCNaughey) que embora tenha atingido a marca dos 35 anos continua à morar com os pais, a contragosto desses que sonham no dia em que ele irá assumir sua própria vida. Após perceberem com seus amigos que os filhos destes estão deixando o lar e se tornando independentes após se apaixonarem, Al (Terry Bradshaw) e Sue (Kathy Bates) contratam uma profissional Paula (Sarah Jessica Parker) para fazer o seu filho querer tomar um rumo.
Essa é massa do bolo onde o recheio são os mesmos de sempre: amigos esquisitos, piadas sem graças e situações beirando ao absurdo forçado.
O filme vale a pena caso já se tenha assistido todo o circuito de filmes da cidade, senão aproveite melhor o seu tempo com algo mais enriquecedor.



Título original: Failure to Launch.
Gênero: Comédia/Romance.
Ano: 2006.

País de origem: USA.

Duração: 97 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Tom Dey.

Elenco: Matthew McCnaughey, Sarah Jessica Parker, Kathy Bates, Terry Bradshaw, Zooley Deschanel.
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