REVIEW - O LABIRINTO DO FAUNO
Olhando para dentro de um universo mágico, paralelo aos terrores do período ditadorial espanhol de Franco na década de quarenta, Guilhermo Del Toro pinta o seu quadro de cores fortes e poesia acentuada em que mistura lirismo, sofrimento e esperança numa história singular e simples mas de entendimento profundo.
O ambiente em que ele retrata esta belíssima parábola é um dos mais trágicos da vida da Espanha onde a luta entre o poder fascista estabelecido do General Franco e os rebeldes contrários à força instituída travavam uma guerra civil sangrenta.
O ambiente em que ele retrata esta belíssima parábola é um dos mais trágicos da vida da Espanha onde a luta entre o poder fascista estabelecido do General Franco e os rebeldes contrários à força instituída travavam uma guerra civil sangrenta.
Neste momento de profundas transformações sociais no pais basco emerge a personagem Ofélia (Ivana Baquero), uma criança de grande caráter e cuja pureza se confunde com ás das histórias de contos-de-fada dos livros que lê e que se constituem seu motivo maior de felicidade. Após o falecimento de seu pai (militar morto em combate) sua mãe Carmen (Ariadna Gil) casa-se novamente e muda-se junto com sua filha para a casa do seu novo marido no interior. O novo padrasto da menina é o Capitão Vidal (Sergi López), um comandante assassino e arrogante das forças militares do governo opressor que elimina seus opositores da mesma forma como descasca uma laranja. Ofélia é rejeitada de imediato pelo capitão o qual não disfarça a antipatia que sente pela enteada. Sem ter escolhas ela tenta adaptar-se á nova atmosfera, contando apenas com a presença de sua mãe e também da governanta, que mostrará ser uma figura chave dentro dos acontecimentos. A grande virada na vida de Ofélia ocorrerá em pouco tempo que já encontra-se em sua nova morada. Após receber uma visita de uma fada, ela é guiada por esta, para conhecer um fauno que vive num labirinto subterrâneo no quintal da casa. Ele revela a garota que ela é uma princesa há muito tempo esperada mas que só poderá ser reconhecida se aceitar cumprir com sucesso três tarefas de grande risco à sua vida. Determinada a provar sua legitimidade como princesa ao mesmo tempo que terá que lidar com as dificuldades provenientes dos conflitos de guerra e do novo lar Ofélia percorre um caminho em que realidade e fantasia se confundem fundindo-se em apenas uma saída. As escolhas feitas por Ofélia é a força motriz que a impulsionaque para perto daquilo que acredita.
Tecer mais comentários em relação ao filme em si é arriscar tirar a surpresa maior e, talvez, direcionar o expectador a uma idéia que acredito ser única para cada um e muito pessoal. É a chamada moral do filme.
Um hino à libertação, ao idealismo e ao amor, O Labirinto do Fauno já faz parte da galeria dos filmes inesquecíveis da história do cinema. A violência de certas cenas (que fez com que nos Estados Unidos ele fosse proibido para menores de desezesste anos desacompanhados) dá o seu tom adulto e funciona como um chamamento à realidade se contrapondo à inocência de Ofélia, acentuando desta forma, a dramaticidade. O melhor de tudo é que, embora a película arrisque-se em cair na apelação melodramática e já esteriotipada para os produtos made in Mexico, este deslize não é cometido. Muito pelo contrário. A dureza com que o roteiro do próprio Del Toro construiu dirigiu o espetáculo não nos facilita nutrir nenhuma piedade barata. Por mais solidários que possamos ser às dificuldades experimentadas pela atriz principal ela não é o motivo de ser seja da cena ou do próprio filme mesmo do filme. O sentimento é outro e merece aplausos à lamentos.
Tecer mais comentários em relação ao filme em si é arriscar tirar a surpresa maior e, talvez, direcionar o expectador a uma idéia que acredito ser única para cada um e muito pessoal. É a chamada moral do filme.
Um hino à libertação, ao idealismo e ao amor, O Labirinto do Fauno já faz parte da galeria dos filmes inesquecíveis da história do cinema. A violência de certas cenas (que fez com que nos Estados Unidos ele fosse proibido para menores de desezesste anos desacompanhados) dá o seu tom adulto e funciona como um chamamento à realidade se contrapondo à inocência de Ofélia, acentuando desta forma, a dramaticidade. O melhor de tudo é que, embora a película arrisque-se em cair na apelação melodramática e já esteriotipada para os produtos made in Mexico, este deslize não é cometido. Muito pelo contrário. A dureza com que o roteiro do próprio Del Toro construiu dirigiu o espetáculo não nos facilita nutrir nenhuma piedade barata. Por mais solidários que possamos ser às dificuldades experimentadas pela atriz principal ela não é o motivo de ser seja da cena ou do próprio filme mesmo do filme. O sentimento é outro e merece aplausos à lamentos.
A atriz Maribel Verdú uma participação madura como a governanta Mercedes e consegue nos transmitir a angústia que paira em
A direção de arte é um dos grandes trunfos porque consegue situar com elegância e naturalidade o tempo do filme. Irretocável também é a fotografia: um show de belas tomadas e cenas que perduram na memória e que acaba servindo como uma referência de um trabalho nota dez. A maquiagem e os efeitos especias embelezam ainda mais e dão o charme estrutural.
O Labirinto do Fauno é um triunfo do cinema mexicano e da arte cinematográfica em geral por confirmar seu poder em coreografar de forma tão avassaladora e atingindo em cheio os sentimentos humanos este que é sempre o seu maior objetivo.
A direção de arte é um dos grandes trunfos porque consegue situar com elegância e naturalidade o tempo do filme. Irretocável também é a fotografia: um show de belas tomadas e cenas que perduram na memória e que acaba servindo como uma referência de um trabalho nota dez. A maquiagem e os efeitos especias embelezam ainda mais e dão o charme estrutural.
O Labirinto do Fauno é um triunfo do cinema mexicano e da arte cinematográfica em geral por confirmar seu poder em coreografar de forma tão avassaladora e atingindo em cheio os sentimentos humanos este que é sempre o seu maior objetivo.
Eram necessárias 5 horas para que Doug Jones fosse caracterizado como o homem pálido. Após este processo o ator precisava usar os buracos do nariz do personagem para poder enxergar.
As filmagens ocorreram entre 11 de julho e 15 de outubro de 2005.
Foi escolhido como representante do México para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
O orçamento de O Labirinto do Fauno foi de US$ 5 milhões. Ganhou 3 Oscars, nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora.
Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Fotografia, além de ser indicado na categoria de Melhor Filme.
Ganhou 3 prêmios no BAFTA, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Maquiagem e Melhor Figurino. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.
Ganhou 7 prêmios no Goya, nas seguintes categorias: Melhor Revelação Feminina (Ivana Baquero), Melhor Roteiro Original, Melhor Maquiagem, Melhor Som, Melhores Efeitos Especias, Melhor Fotografia e Melhor Edição. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Sergi López), Melhor Atriz (Maribel Verdú), Melhor Trilha Sonora e Melhor Desenho de Produção.
Recebeu vinte e dois minutos de aplausos em sua exibição no Festival de Cannes.
Sua exibição foi proibida na Malásia pela departamento de censura do pais que justificou o seu veto devido ao excesso de violência.
Um dos poucos filmes de fantasia a concorrerem ao Oscar de filme estrangeiro.
Após uma semana de exibição nos cinemas do México os exibidores locais tiveram que fixar placas nos locais orientando os pais quanto a violência contida no filme, já que eles iam as sessões acompanhados com crianças pequenas.
A torre destruida que é vista na seqüencia de abertura do filme é a velha torre de Belchite que também foi utilizada por Terry Gillian no filme As Aventuras do Barão de Munchaussen (1988) a torre foi destruida durante a guerra civil espanhola e nunca mais foi reconstruída novamente.
Guilhermo Del Toro é conhecido por guardar vários cadernos em que toma notas e faz desenhos das idéias que lhe ocorrem antes de transformá-las em filmes, algo que para ele é essencial. Numa ocasião ele deixou um de seus cadernos cheios de notas valiosas, as quais foram produzidas durante anos para o Labirinto do Fauno, no banco de trás de um táxi e deu como certo o fim do projeto. O motorista do táxi, contudo, as descobriu e se dando conta da importância do material, localizou Del Toro e devolveu o material numa ação que requereu muita dificuldade e despesas. Del Toro considerou este fato como uma benção e fez com ele ficasse mais determinado a fazer o filme.
Doug Jones, o homem com os olhos na mão, era o único americano no set e o único que não falava espanhol.
As pernas do fauno não foram feitas através de computação gráfica. Del Toro criou um sistema em que as pernas do ator faziam os movimentos que comandavam as pernas falsas do fauno. As pernas do ator foram removidas digitalmente.
A atriz mirim Ivana Baquero inicialmente foi considerada muito velha para o papel que era previsto para ser feito por uma atriz com 8 à 9 anos de idade, mas Del Toro ficou tão impressionado com o talento da jovem Ivana que adptou o roteiro para uma criança com 11 anos de idade.
Título Original: El Laberinto del Fauno.
Gênero: Drama/Fantasia.
Ano: 2006.
País de Produção: México/EUA/Espanha.
Duração: 112 min.
Língua: Espanhol.
Cor: Colorido.
Diretor: Guillhermo Del Toro.
Elenco: Ivana Baquero, Ariadna Gil, Sergi López, Maribel Verdú, Doug Jones, Álex Angulo.
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