REVIEW - O ADVOGADO DO DIABO
Não há nada melhor do que comparar as forças do mal às atrocidades das guerras, ao contrabando de armas, ao tráfico de drogas, à devastação da natureza, a corrupção do homem por ele mesmo. Com tantas ações perversas, executadas conscientemente por seus autores, contra o meio-ambiente e contra a própria sociedade , quem duvidaria que o belzebu não está entre nós ? Adaptar um roteiro com essa riqueza de subsídios pode ser bem fácil e ao mesmo tempo se tornar difícil caso o artista não explore as diversas possibilidades oferecidadas a ponto de chegar a um contentamento.
Em O Advogado do Diabo, que tem o roteiro adptado por Jonathan Lemkin da obra do escritor Andrew Neiderman (que já se baseia em outros livros como O Paraíso Perdido e Fausto, onde o diabo encarna em um humano e faz seu próprio inferno na terra), a transposição para as telas do best-seller chega a um meio termo do que seria o ideal.
Em O Advogado do Diabo, que tem o roteiro adptado por Jonathan Lemkin da obra do escritor Andrew Neiderman (que já se baseia em outros livros como O Paraíso Perdido e Fausto, onde o diabo encarna em um humano e faz seu próprio inferno na terra), a transposição para as telas do best-seller chega a um meio termo do que seria o ideal.
O satanás é representando por John Milton (Al Pacino) um poderoso executivo, sócio de uma conglomerado de empresas cheias de irregularidades e que está ramificada em todo o mundo prestando serviços de toda a natureza: lícita e ilícita, mas sempre maléfica. Acobertada sempre por um vasto contingente de funcionários bem treinados e pelas suas influências nos altos escalões da sociedade e da política, o grupo prospera. Quem fará parte desta companhia é o jovem advogado do interior da Flórida, Kevin Lomax (Keanu Reeves). Reconhecido por nunca ter tido um cliente condenado nos júris que participou, ele chama a atenção do poderoso grupo de Nova Iorque que decide abrir um segmento jurídico dentro da própria companhia para atender seus clientes. Kevin parte para a big-apple juntamente com sua esposa Mary Ann (Charlize Theron) ambos deslumbrados pelo novo estilo de vida que os aguardam. Com o passar do tempo o casal vai criando um abismo entre eles devido a ausência de Kevin na maior parte do tempo. Mary-Ann começa a ter visões e entra num estado depressivo causado não só pela solidão mais por situações inexplicáveis com que começa a se deparar.
Talvez com um pouco de excesso no tom moralistas, mas sem errar na dose de humor negro O Advogado do Diabo é um filme que, com pouco tempo, já se pode deduzir a sua moral, mas não o seu desfecho. A maior virtude do diretor Taylor Hackford e deter a atenção do expectador durante o desenrolar da trama.
Talvez com um pouco de excesso no tom moralistas, mas sem errar na dose de humor negro O Advogado do Diabo é um filme que, com pouco tempo, já se pode deduzir a sua moral, mas não o seu desfecho. A maior virtude do diretor Taylor Hackford e deter a atenção do expectador durante o desenrolar da trama.
Charlize Theron surpreende como a caipira introduzida na cidade grande. Os cacoetes sutis que aplica na personagem traduzem muito bem, e sem perder a espontaneadade, a natureza interiorana de Mary Ann. Al Pacino, sem dúvida um dos melhores atores vivos da atualidade, faz o seu papel apenas cumprindo a cartilha de um bom ator, mas não dá um destaque maior a figura de Milton. A maior eloquencia que vimos em sua interpretação é na parte final, mas um tanto quanto patética e cheias de expressões com as mãos como se elas estivesse coçando, fazendo lembrar o Silvio Santos vendendo o Baú da Felicidade (essa parte, decisiva até para a conclusão do filme, chega a ser engraçada). Apresentando uma belíssima fotografia e utilizando recursos de efeitos especiais de forma apenas necessária, O Advogado do Diabo merece destaque pelo seu acabamento perfeito e sua objetividade.
Notas:
Inicialmente Advogado do Diabo seria dirigido por Joel Schumacher e estrelado por Brad Pitt, que interpretaria o personagem Kevin Lomax.
A luta de boxe que John Milton e Kevin Lomax assistem em determinada cena do filme não foi montada. Realmente os atores Al Pacino e Keanu Reeves rodaram esta cena durante a realização de uma disputa pelo título mundial de boxe, mais exatamente a luta em que Roy Jones Jr. derrotou Bryant Brannon ocorrida em 4 de outubro de 1996.
Apesar de não ter se saído bem nas bilheterias americanas, Advogado do Diabo foi um grande sucesso nos cinemas brasileiros, tendo levado mais de um milhão de espectadores aos cinemas.
O escultor Frederich Hart e a Catedral Nacional Episcopal processaram a Warner devido a utilização da escultura 'Ex-ihilo' feita por Hart para a Catedral e que se encontra localizada logo em sua entrada. Foi feito um acordo no último instante permitindo que a escultura permanecesse no filme.
A personagem de Connie Nielsen fala espanhol na versão lançada na Itália do filme e italiano em todas as outras versões. Nielsen é, na verdade, dinamarquesa. John Cusack e Edward Norton foram cotados para o papel de Kevin Lomax. Charlize Theron passou cerca de uma hora por dia durante os três meses que foram as gravações com um psicoterapeuta de Nova Iorque para se preparar para o papel, praticando Esquizofrenia.
Originariamente o filme seria basicamente feito por efeitos especiais para ser um arrasa quarteirão e fora recusada cinco vezes por Al Pacino. Quando Taylor Hackford fez alterações no roteiro e enviou novamente a Pacino, ele gostou mas não achava que podia interpretar o papel de Milton propriamente, chegando a sugerir o nome de Sean Connery e Robert Redford para o trabalho.
O pátio externo do escritório de Milton era no quinquagésimo andar de um edifício de Nova Iorque. O set de filmagens ficava a poucos metros da beira do edifício. Como não poderia se imaginar as tomadas com o fundo azul do céu eram reais e não criadas.
Título Original: The Devil's Advocate
Gênero: Suspense.
Ano: 1997.
País de Produção: EUA.
Duração: 144 min.
Língua: Inglês.
Cor: Colorido.
Diretor: Taylor Hackford.
Elenco: Al Pacino, Keanu Reeves, Charlize Theron, Jeffrey Jones, Craig T. Nelson, Connie Nilson, Judith Ivey.
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