Wednesday, May 31, 2006

REVIEW - O CÓDIGO DA VINCI


Eis aqui um filme que se tornou polêmico antes mesmo de estrear nos cinemas.
Só em ter essa promoção gratuita os produtores já devem ter ficados animados o suficiente para realizá-lo.
O assunto polêmico aqui envolve religião. Duvidar de dogmas da Igreja Católica é o mesmo que desrespeitar o próprio Criador do universo, como se fôssemos entidades sem condições de raciocinar ou buscar a verdade individual (afinal, não seria isso o livre arbítrio?). Entretanto a produção baseada no Best Seller de Dan Brow não está preocupada com isso. Antes de tudo, O Código da Vinci é uma fábula de ficção em que se propõe por em cheque dogmas irretratáveis da igreja. É uma obra imaginativa que contempla uma visão pessoal, mas que foi rechaçada em vários países cristãos simplesmente pelo tema tabu que trata.
A definição do que é certo ou errado emana daquele que tem poder para fazer com que sua ordem seja estabelecida custe o que custar. Talvez esse seja o tópico em que se inicia uma polêmica e não o fim dela. Essa é a razão de ser do filme. Busca-se aqui, exercitar o poder de questionamento pondo em dúvidas valores e o 'status quo' sedimentados como definitivos.
A adaptação do roteiro feita por Akiva Goldsman (O Cliente, Uma Mente Brilhante, A Luta pela Esperança, Eu Robô, entre outros) conseguiu sintetizar a essência do livro e, embora subtraindo passagens interessantíssimas, chegou a um resultado satisfatório considerando a complexidade da trama.
A direção de Ron Howard, ajudado pela boa trilha sonora, também favoreceu a filmagem dando a agilidade necessária para manter aquecida a expectativa e o interesse do público pela continuidade das cenas. A fotografia privilegia os tons escuros criando o clima misterioso e dando o ar gótico-gregoriano.
Destaque de interpretação fica por conta da francesinha Audrey Tautou e do mestre Sir Ian McKellen, insuperável como sempre. Tom Hanks (com cara de bobo e ar de pobre coitado como de hábito. Confesso, não gosto dele!) parece ser o mais deslocado ante as atuções sinceras de Audrey Tautou e a curta, porém avassaladora, performance de Sir Ian McKellen. Jean Reno no papel do policial determinado e Alfred Molina como bispo dão conta do recado. Paul Bettany, como o fanático Silas, peca um pouco pelo excesso de teatralização da personagem perdendo a naturalidade necessária para a caracterização no cinema. Isso não compromete seu trabalho que mantén-se acima da média.
Após o assassinato de Jacques Sauniere (Jean-Pierre Marielle), historiador e curador do Museu do Louvre em Paris, sua neta, Sophie Neveu (Audrey Tautou) e seu amigo, também historiador, Robert Langdon (Tom Hanks) tentam desvendar a teia que segue em relação a identidade do assassino e os mistérios que causaram o crime. Nesta perseguiçao pela verdade eles terão que superar vários obstáculos inclusive o do proprio oficial encarregado de desvendar o crime capitão Bezu Fache (Jean Reno) que convencido da participação da dupla no crime não sossegará enquanto não os detiver.
O Código Da Vinci é uma seqüencia de reviravoltas. Cada enigma decifrado e cada pista encontrada, vai nos conduzindo a uma verdade espetacular e a um desfecho supreendente.

Notas:
O ministro da cultura francesa deu permissão para a equipe filmar dentro do Louvre.
Os responsáveis pela abadia britância de Westminster recusaram-se a ceder a abadia para a filmagem alegando que o livro era teologicamente infundado. A filmagem então ocorreu na Catedral de Lincoln no leste da Inglaterra.
Julie Delpy e Kate Beckinsale fora cotadas para o papel de Sophie.
Ron Howard sempre quis Audrey Tautou para o papel de Sophie mas ela nunca estava disponível para uma audição. Ela no início se sentiu muito jovem para fazer par com Tom Hanks. Após ser convencida por Ron Howard ela fez uma audição. Outras atrizes que também fizeram audição foram Sophie Marceu, Virginie Ledoyen, Judith Godréche e Linda Hardy.
O sino da Catedral de Lincoln, conhecido como 'Grande Tom' ficou silencioso pela primeira vez desde a segunda guerra mundial durante os dias 15 e 19 de agosto de 2005 para as filmagens dentro da catedral.
A primeira escolha para o papel de Robert Langdon pelo diretor Ron Howard foi Bill Paxton, entretanto Paxton não pôde aceitar devido a outros compromissos existentes. Outras alternativas foram Russel Crowe, Ralph Fiennes, Hugh Jackman, George Clooney, Tom Hanks. Crowe era o favorito de Ron Howard e o produtor Brian Grazer, até que por fim decidiram contratar Tom Hanks.
O autor Dan Brown deu nome ao personagem Robert Langdon em homenagem ao seu amigo John Langdon mestre em tipografia e que trabalhou com Dan num ambigrama para um outro de seus livros: Anjos e Demônios.
Inicialmente os diretores queriam filmar dentro da biblioteca do King College mas a universidade não quis fechar uma parte da biblioteca para que se realizassem as filmagens.
Quando fugiam da polícia Langdon e Neveu passaram sob o cartaz de Les Miserables que foi escrito por Victor Hugo, suposto Mestre do Priorado de Sião.
Quando Teabing está descrevendo a passagem do evangelho perdido de Maria Madalena, ele é interrompido antes de terminar a frase que se refere ao beijo dela em Jesus. O historiador Elaine Pagels (cujo livro, escrito por ele, sobre os evangelhos agnósticos foi uma inspiração para o livro de Dan Brown) reportou em entrevista que o evangelho está fisicamente partido exatamente na parte em que o personagem de Ian McKellen faz a citação. Por isso, mesmo que ele não fosse interrompido não poderia continuar com a sentença pois não se sabe o que se segue.
As cenas de perto da capela de Rosslyn são genuínas mas as cenas a distância não. Na época das filmagens a igreja estava cercada por andaimes devido a sua reforma. A igreja foi terminada antes de 1492.
O Código Da Vinci abriu o Festival de Cannes de 2006.
Há um gárgola que Sophie verifica dentro da abadia de Westminster que foi modelada pelo rosto de Ron Howard.
Dan Brown tem uma participação de figurante quando Robert Langdon está falando com a polícia durante o cocktail do seu livro.
Durante muito tempo o ator Thure Lindhartdt foi considerado para o papel de Silas. Entretanto, por fim, foi considerado muito jovem para o papel que acabou ficando com Paul Bettany.
A filmagem dentro da Abadia de Westminster não foi permitida, sendo assim, o interior da Catedral de Lincoln foi utilizada para as filmagens dos dois prédios.
Na estória o editor de Robert Langdon é Jonas Faukman. Jonas Faukman é o anagrama do editor na vida real de Dan Brown chamado Jason Kaufman.
Brian Grazer e Ron Howard receberam um convite do presidente da França, Jacques Chirac ao que parecia ser apenas um momento para cinco minutos de fotos. Eles passaram, na verdade, uma hora conversando e foi perguntado ao produtor e diretor se eles estavam tendo problemas para filmar dentro do Louvre. Chirac sugeriu que Reno deveria ter um aumento salarial e que a melhor amiga de sua filha, que é atriz, fosse escolhida para o papel de Sophie Neveu.
Para proteger a estrutura do prédio bem como as obras artísticas que ali se encontravam, o uso pelos produtores do Museu do Louvre foram cuidadosamente controladas. Por exemplo, nenhum equipamento poderia entrar no local no período que o Louvre estivesse aberto ao público, assim as filmagens só poderiam ocorrer durante a noite. Já que não fora permitida a utilização de luz para a filmagem da Monalisa uma réplica fora utilizada em seu lugar. Nenhum sangue ou sinais misteriosos poderiam ser escritos no chão de madeira do museu por isso estas cenas foram filmadas nos estúdios de Pinewood, nos arredores de Londres.
De acordo com Jean Reno, Dan Brown escreveu a parte do Capitão Fache já com ele na cabeça.
O autor Dan Brown baseou o nome do Sir Teabing Leigh nos nomes dos autores do livro "Sangue Sagrado, Graal Sagrado" Richard Leigh e Michael Baigent. Baigent é o anagrama para o nome Teabing. Leigh e Baigent tentaram processar Brown por infringir direitos autorais a despeito da honraria (mas o caso foi abandonado).
Título original: The Da Vinci Code.

Gênero: Policial/Suspense.

Ano: 2006.

País de origem: USA.

Duração: 149 min.

Língua: Inglês/Françês.

Cor: Cores.

Diretor: Ron Howard.

Elenco: Tom Hanks, Audrey Tautou, Ian McKellen, Jean Reno, Paul Bettany, Alfred Molina.

REVIEW - O SILÊNCIO DOS INOCENTES




Na cerimônia do Oscar realizada em 1992 presenciei uma das maiores supresas do cinema. Fato raríssimo e que ocorrera apenas em 1933 em Aconteceu Naquela Noite e 1979 em Um Estranho no Ninho. Estas películas arrebataram os cinco principais prêmios da Academia: filme, direção, ator, atriz e roteiro. O Silêncio dos Inocentes repetiu a proeza e se firmou como a produção mais completa de 1991 para espanto de muita gente. A estória do célebre serial-killer não estava entre as favoritas na época e tinha sido exibida no começo do ano nos Estados Unidos, enquanto as outras (JFK, O Príncipe das Marés, A Bela e a Fera e Bugsy) tiveram suas estréias apenas no final do ano, exatamente para competir pela estatueta dourada.
Tive a oportunidade de assistir a esse clássico moderno logo em sua estréia nos cinemas e pensei: esse filme vai ganhar o Oscar! De forma alguma, para um filme ser bom, tenha ele que ser reconhecido pela indústria do cinema americano. As injustiças que a tal premiação concede anualmente são sempre gritantes. Quando, no entanto, se trata de reconhecer algo que se destaca pela sua excelência, não há como deixar de aplaudir e reconhecer a superioridade daquele trabalho frente a outros.
O thriller psicológico é dirigido por Jonathan Demme com maestria absoluta. Os enquadramentos conseguem extrair o máximo de tensão de cada cena. Na verdade ele insere o expectador na trama sempre que se utiliza do recurso da estética em que faz com que a personagem se defronte com a câmera como sendo ela seu opositor no diálogo, compondo um jogo de imagens e aprofundando a imersão do público nas cenas. Tal narrativa faz brotar uma responsabilidade e um intimismo perante as ações que que dominam a platéia do início ao fim. O roteiro é algo que, sem dúvida alguma, facilitou tremendamente o trabalho do mestre Demme. Criar uma estória e roteirizá-la para o cinema é muito mais fácil do que desenvolver um roteiro de um material já publicado, no caso um livro. A transformação do best-seller para o cinema foi genial.
O elenco principal encabeçado pelo magistral Anthony Hopkins, cuja a interpretação do Dr. Hannibal impressiona e cuja personagem já faz parte da galeria dos grandes vilões do cinema, foi outro tiro certeiro dos produtores. Parece que os atores/atrizes ensairam até a exaustão pois a química que emana entre eles é fabulosa.
Poderia ter sido apenas mais um filme policial, mas O Silêncio dos Inocentes mesclou tantos gêneros juntos que segmentar é quase impossível. Tem-se aqui a estória de Clarice Starling (Jodie Foster), aspirante a policial do FBI que encontra-se em treinamento para ingressar na instituição. Formada em psicologia, ela é convidada a extrair informações de um perigoso psicopata conhecido por matar e comer partes dos corpos de suas vítimas, Dr. Hannibal (Anthony Hopkins). Logo ela perceberá que o objetivo não é apenas coletar dados sobre o pensamento doentio do ex-psiquiatra canibal, mas sim descobrir pistas que levem a deter o mais novo maníaco que se encontra a solta esfolando mulheres, conhecido como Buffalo Bill. Para ter a ajuda do Dr. Hannibal, em identificar o louco assassino, ela terá que se submeter um jogo de troca de informações (quo pro quo) sugerido por ele, onde cada detalhe sobre o caso corresponderá a uma informação pessoal da vida da pretensa agente. O encanto despertado por ela poderá ajudá-la não apenas a achar o matador de mulheres, mas identificar elementos em sua vida que ainda lhe pertubam. É inevitável o fascínio que ambos sentem um pelo outro mesmo estando em pólos diferentes da moral. A paixão entre policial e prisioneiro em estado platônico é latente e se constitui um dos grandes charmes do filme.
O tempo está contra Clarice e quanto maior a demora em se identificar o assassino em série, novas vítimas podem ser feitas. Como devolver o silêncio das ovelhas ? (que é a tradução do título original em inglês).
O Silêncio dos Inocentes é, sem dúvida, um dos melhores filmes de todos os tempos.
Notas:
Gene Hackman comprou os direitos de O Silêncio dos Inocentes e estava planejando dirigir o filme assim como atuar no papel de Jack Crawford, mas após assistir a um clipe de Mississipi em Chamas, no qual atuou, na cerimônia do Oscar em 1989, ele decidiu não mais fazer filmes violentos. Assumindo Jonathan Demme como diretor ele primeiro ofereceu o papel da agente a Michelle Pfeiffer e depois a Meg Ryan.
Michael Keaton foi cogitado para o papel de Jack Crawford.
John Hurt, Louis Gosset Jr., Robert Duvall, Jeremy Irons, Jack Nicholson, Robert DeNiro foram cogitados para o papel de Hannibal Lecter.
Dino de Laurentis, que tinha produzido Manhunter em 1986, desistiu de produzir O Silêncio dos Inocentes devido ao fracasso de Manhunter. Ele cedeu os direitos à Orion Pictures gratuitamente.
As largatas de mariposa no casulo utilizadas durante o filme tiveram tratamento de celebridade. Viajaram em primeira classe para o set de filmagem (num transporte especial), ficaram numa sala VIP (ambientes com controle de umidade e aquecimento) e foram cuidadosamente vestidas sob medida (uma proteção que revestia elas com a inscrição da caveira de material perigoso desenhada).
Anthony Hopkins descreve sua voz construída para Hannibal Lecter como uma mistura entre Katherine Hepburn e Truman Capote.
Após a troca de tiros com Gump, Clarice queima parcialmente seu rosto com a pólvora do revólver, resultado de uma "near-miss". Esse tipo de ferimento se chama tatuagem de minerador, uma referência inteligente ao passado da personagem.
A personagem de Scott Glenn é baseado na pessoa real do detetive John Douglas que ficou lhe ensinando a construir o papel por um tempo.
A borboleta no poster do filme parece ter um crânio humano no centro. Entretanto chegando mais perto podemos observar que este crânio se transforma em pelo menos três mulheres nuas (claramente sete em alguns posters do filme) que é muito similar a uma fotografia de Phillipe Halsman de 1951 inspirada, por um desenho de Salvador Dalí pintado a guache. Sob um olhar mais atento ainda podemos observar que as asas da mariposa aparentam ter uma nova recolorização do Dragão Vermelho de William Blake que está com vincos e dobrado por estar nas asas.
Buffalo Bill é a combinação de três serial-killers reais: Ed Gein, que tirava as peles de suas vítimas; Ted Bundy, que usava gesso nas mão como isca para fazer as mulheres entrarem em sua van e Gary Heidnick, que mantinha as mulheres sequestradas em um buraco no seu porão. Gein provou-se estar ligado a duas mortes e suspeito de outras duas. A maioria de seu material era obtida não através de assassinatos mas violando as sepulturas. Mas para a imaginação popular ele continua sendo um assassino com várias vítimas.
Uma revista 'Bon Apetit' é vista na cela temporária de Hannibal Lecter.
Thomas Harris nunca quis assistir ao filme temendo que pudesse influenciar a sua forma de escrever.
Todas as cenas na cela original de Hannibal aparecem reflexos dele ou de Clarice dependendo do ponto de vista da câmera.
Em seu primeiro encontro com Clarice Starling, Hannibal descreve o desenho em sua cela como sendo 'o duomo visto de belvedere' em Florença, Itália. Starling, mais tarde, irá descobrir que o assassino mora em Belvedere, Ohio. Lecter, assim, já tinha dito o endereço do assassino logo no começo do filme.
Michael Keaton, Mickey Rourke e Kenneth Branagh foram cogitados para o papel de Jack Crawford.
Quando Jonatham Demme dirigiu a primeira cena de encontro entre Hannibal e Clarice, Hopkins disse que o diretor havia lhe pedido para ele olhar diretamente para a câmera à medida que ela ia se aproximando da sua linha de visão. Ele achou que desta forma Lecter poderia ser demonstrado como o que sabe tudo.
Broke Smith aumentou quase 12 kg para fazer a personagem de Catherine Martin. Ela e Ted Levine se tornaram tão íntimos durante as filmagens que Jodie Foster se referia a ela como Patty Hearst ( se referindo a mulher que na vida real se tornou próxima de seu seqüestrador).
Anthony Hopkins inventou o som como se experimentasse algo gostoso, fazendo um chiado nos lábios, logo no primeira cena com Clarice, deixando claro para ela porque era chamado de O Canibal. Esta cena não estava no script mas todos no estúdio adoraram menos o diretor que ficou chateado por um tempo, mas depois negou sua irritação.
A personagem Hannibal Lecter foi inspirado no serial killer Albert Fish.
A equipe estava pronta para viajar para Montana para compor as imagens da fuga de Clarice quando criança. Mas após a filmagen do diálogo entre Jodie e Anthony, ele achou que seria desnecessário fazer a tomada, interrompendo a performance e desistiu da cena.
Jodie Foster, Scott Glen, Jonathan Demme e alguns componentes do elenco e equipe fizeram pesquisas e tiveram treinamento no FBI em Quantico na Virgínia. Eles estudaram sobre armas de fogo, assistiram aulas junto com os policiais e aprenderam com agentes que estudam perfis criminais mais sobre o assunto.
O filme originalmente seria lançado no Outono de 1990 mas como a Orion estava dedicada a manter esforços para pôr na corrida do Oscar o filme Dança Com Lobos, cancelou a estréia do filme para janeiro de 1991.
Em preparação para o seu papel Anthony Hopkins estudou arquivos de serial killers. Ele também visitou prisões e estudou assassinos condenados ele também esteve presente em alguns julgamentos concernentes a serial killers.
Com uma performance menor que 16 minutos, Anthony Hopkins se tornou o ator que obteve o Oscar de ator principal com o menor tempo de atuação.
O roteirista Ted Tally escreveu o roteiro para o filme e sugeriu o nome de Jodie Foster para o papel de Clarice Starling. Jodie estava já há muito tempo investido para interpretar o papel da agente. Jonathan Demme não achava que Jodie fosse a melhor escolha e chamou Michelle Pfeiffer. Como Pfeiffer não aceitou o filme por ser muito violento, Demme acabou cedendo e deu o papel a Foster após uma reunião onde percebeu nela, uma força e determinação necessários para a personagem de Clarice.
Emma Thompson também foi cotada para o papel de Clarice Starling.
A inspiração para O Silêncio dos Inocentes veio da relação real entre o professor de criminologia da Universidade de Washington, Robert Keppel, e o serial killer Ted Bundy. Bundy ajudou Keppel em sua investigação das mortes em série no Green River em Washington. Enquanto Bundy foi executado em 24 de janeiro de 1989, o caso de Gree River ficou sem solução até 2001 quando Gary Ridway foi preso. Em 5 de novembro de 2003 ele foi considerado culpado por 48 assassinatos em primeiro grau no tribunal de King County, Washington.
Anthony Hopkins estudou várias fitas de serial killers como parte de sua pesquisa para o filme. Após perceber que o famoso maníaco Charles Mason raramente piscava enquanto falava ele deu o mesmo comportamento com Hannibal Lecter.
Na preparação para o seus papéis foram dados a Jodie Foster e Scott Glenn fitas caseiras gravadas pelos serial killers enquanto torturam e matavam as vítimas que eles capturavam. Jodie não quis escutar a gravação, Glenn o fez mas se arrependeu depois dizendo que os sons não conseguiam sair de sua cabeça.
Embora já falida a Orion Pictures conseguiu levantar 200 mil dólares para a campanha promocional do filme para o Oscar.
O primeiro filme a ganhar o Oscar amplamente conhecido por já estar, na época, disponível em vídeo.
A frase do filme "um rapaz do censo tentou me testar uma vez eu comi seu fígado com feijão de fava e um ótimo Chianti (vinho)" foi considerada 21 frase mais popular pelo American Filme Institute.
A mariposa retirada da boca de Bimmils era feita de doce.
Depois de ser escolhido para interpretar o serial killer no filme Ted Levine fez várias pesquisas lendo registros dos serial killers. Levine diria, mais tarde, que achou o material muito pertubador. Ele também saiu às ruas e frequentou alguns bares de travestis e entrevistou alguns clientes já que Bill era um travesti.
Clarice Starling esta na 16ª (50 listados) posição como heroína do cinema (incluido homens e mulheres). Hannibal Lecter encontra-se na 1ª posição do ranking dos vilões da história do cinema entre os 50 listados. A lista foi preparada pelo American Film Institute.
Título original: The Silence of the Lambs.

Gênero: Thriller/Policial/Drama.

Ano: 1991.

País de origem: USA.

Duração: 118 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Jonathan Demme.

Elenco: Anthony Hopkins, Jodie Foster, Scott Glenn, Ted Levine, Anthony Heald.

Monday, May 29, 2006

REVIEW - X-MEN 3 O CONFRONTO FINAL



É difícil de acreditar, mas o título do novo filme X-Men sugere que este será o último da série. É raro, em Hollywood, algo que tenha um retorno comercial tão lucrativo terminar sem ser completamente exaurido em possibilidades. Sem dúvida, possibilidades é o que não falta para se realizar outras empreitadas pondo os heróis super-dotados na defesa da paz.
Neste Confronto Final os pupilos de Charles Xavier (Patrick Stewart) terão que lidar com duas questões: a revolta da população mutante com a descoberta de uma vacina que anula o gen causador da alteração, "normalizando" as criaturas a simples homo-sapiens; e a segunda é o retorno de Jean (Famke Janssen), tida como morta no segundo filme, que volta mais poderosa do que nunca e desbaratinada das idéias.
Magneto (Ian McKellen), como de costume, será o oportunista de sempre e tentará manipular tanto a massa mutante enfurecida como esta nova Jean que surge em plena crise esquizofrênica. Embora inundado por efeitos especias de primeira categoria e com o ritmo mais acelerado de todos, X-Men 3 - O Confronto Final não satisfaz por completo. O roteiro se perde na forma como explorar as personagens dando muito espaço a umas e se esquecendo de outras que se tornaram populares e cativantes em edições anteriores, e que se não desapareceram sem nenhuma explicação, tiveram suas participações suprimidas a pontas. Porque o insuportável do Wolverine, interpretado pelo canastrão Hugg Jackman, não se candidatou logo a receber uma dose do antídodo milagroso para nos deixar em paz ? Algumas explicações serão sempre um mistério.

Notas:
Bryan singer estava cotado para dirigir e co-escrever o roteiro do filme, mas quando surgiu a oportunidade de assumir o comando do problemático Superman Returns de Brett Ratner, ele abandonou o projeto levando a maioria da equipe de produção. Em entrevistas Singer diz que adoraria ter completatado X-Men 3, mas a 20th Century Fox quis seguir com o projeto sem ele.
O diretor Matthew Vaughn pulou para a cadeira do diretor após a checagem do roteiro e da produção, entretanto ele deixou o projeto nove semanas antes de começarem as filmagens, pois todo um ano de produção faria com que ele ficasse muito tempo afastado de sua família na Inglaterra. Numa reviravolta estranha do destino Brett Ratner preencheu a vaga. Coincidentemente Ratner também fora cotado para dirigir o primeiro X-Men antes de Singer conseguir o emprego no seu lugar.
Mike Vogel, Jed Bernard e Nick Stahl foram cotados para o papel do anjo.
Foi construída uma réplica da Golden Gate Bridge de 762 metros para a composição de uma cena.
Halle Berry tinha inicialmente decidido não fazer novamente o papel de Storm alegando ausência de desenvolvimento para a personagem nos dois primeiro filmes e a relação tensa com o diretor Bryan Singer. Entretanto após a partida de Singer e o maior fracasso de sua carreira com o filme Catwoman, Halle concordou em retornar com a condição que seu papel fosse expandido. Conseqüentemente neste filme Storm é a líder dos X-Men.
A personagem Callisto recebeu poderes extras para detectar a presença de mutantes igualmente ao seu aliado nos quadrinhos, Calliban.

Título original: X-Men - The Last Stand.

Genero: Ação/Aventura.

Ano: 2006.

País de origem: USA.

Duração: 104 min.

Língua: Inglês.

Cor: Cores.

Diretor: Brett Ratner.

Elenco: Hugh Jackman, Halle Berry, Ian McKellen, Famke Janssen, Anna Paquim.
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