REVIEW - SUPERMAN O RETORNO

Aconteceu o que muita gente queria ver há muito tempo. Como seria a refilmagem (embora que não se trate de uma refilmagem, mas uma continuação) do Superman na era tecnológica da computação gráfica? A resposta está em Superman - O Retorno. Os recursos de efeitos especiais dão uma força importante aos poderes especiais do homem de aço. Não há como negar que um filme que tenha um super-héroi portador de um arsenal tão fantástico necessite de efeitos tão fantásticos quanto. E realmente era isso que o alienígena filho de Krypton necessitava para que o filme cumprisse sua tarefa de PURO entretenimento misturado com ufanismo norte-americano em tempos de atentado terrorista, mas, infelizmente ficou devendo. É claro que os efeitos existem, mas muito aquém do que se poderia fazer e isso é claramente perceptível. Por vezes a figura do Superman parece que está totalmente digitalizada parecendo com seu primo, não tão herói, Hulk (filmado há quase cinco anos atrás). Com toda a problemática que foi rodar essa produção (o diretor original foi demitido e chamaram no meio do caminho Bryan Singer que teve de abrir mão em dirigir novamente o seu segundo filme da saga mutante, o X-Men 3), provavelmente houve cortes nos custos e isso deve ter afetado o investimento nesta área que deveria ser a menos prejudicada. Isso porque as interpretações deixam a desejar. A maioria dos atores são relativamente inexperientes e com poucos trabalhos conhecidos do público, com exceção do dispensa-apresentações Kevin Spacey como Lex Luthor, que é na verdade o melhor atrativo em termos de atuação e uma participação coadjuvante do Frank Langella como o editor do Jornal Daily News.
Após um período de anos de afastamento sem aviso prévio de suas funções de salvador do mundo, o super-homem retorna e junto com ele o desengonçado jornalista Clark Kent. Ao mesmo tempo que descobre que Louis Lane está casada, ele toma conhecimento que seu maior arqui-inimigo, Lex Luthor esta à solta e novas investidas catastróficas serão intendadas pelo vilão as quais, invariavelmente, ele irá combater.
O grande problema é o excesso de subtramas muitas mal-explicadas no roteiro, e que tiram a força de impacto do clímax final da estória e por vezes, podem acreditar, tira um pouco da agilidade do filme.
Para os que são realmente fãs do Superman, com certeza louvaram a nova roupagem do homem azul, mas para aqueles que acompanharam a saga dos quatro primeiros filmes e identificam a personagem com a figura de Christopher Reeve, sentiram um pouco de nostalgia acompanhada com o feeling de algo faltando.

Notas:

Bryan Singer foi escolhido para dirigir o filme depois que o estúdio se impressionou com a versão natural que Batman Begins recebeu de Christopher Noah e pensou que Singer pudesse dar o mesmo sentido do personagem inserindo-o num mundo real da mesma forma como foi feita com o outro herói dos quadrinhos.

Antes de Kate Basworth ser selecionada para o papel da Lois Lane, algumas outras atrizes foram cotadas para o papel: Elish Cuthbert, Claire Danes e Keri Russel.

Depois da partida de Brett Ratner e com o sucesso de As Panteras (2001), McG foi apontado para dirigir o filme em 2001. Ele deixou o projeto para filmar a continuação de As Panteras em 2003, voltando novamente para o projeto em 2004 onde abandonou novamente por discordar do valor do orçamento e dos pontos de locação. Warner Bros. queria levar o filme de Nova Iorque para a Austrália mas McG achou ser inapropriado tentar capturar o coração da América filmando em outro continente.

Enquanto o projeto estava sob a supervisão de Brett Ratner, vários atores estavão cotados para o papel principal: Josh Hartnett, Paul Walker, Matthew Boomer, Brando Fraser, Ashton Kutcher, David Boreanaz, Ian Somerhalder, Henry Cavill, Jerry O'Connel. Ratner deixou o projeto, principalmente, porque ele e os executivos da Warner Bros. não chegaram a um acordo sobre quem seria escalado como Superman.

Anthony Hopkins estava cotado para fazer o papel de Jor-El de Krypton, mas depois que Ratner saiu do projeto, ele fez o mesmo.

Johnny Depp foi considerado para o papel de Lex Luthor e Jor-El.

Os atores que McG estava fazendo testes de tela antes de sair do projeto foram: Jason Behr e Jared Padalecki para o papel de Superman, Scarlett Johansson para Lois Lane, e Shia LaBeouf para Jimmy Olsen.

O roteiro original de Kevin Smith, que foi ligado imediatamente à Tim Burton, foi baseado nos comics de 1993 em que o Superman é morto por uma criatura conhecida como "Doomsday", voltando para a vida mais poderoso ainda. Após um processo lento de desenvolvimento, Warner Bros. decidiu não utilizar o roteiro de Smith e resolveu contratar outros roteiristas, como o criador da série ALIAS, J. J. Abrams, para ressuscitar o super-herói.

Foram necessários dez anos e três diferentes diretores para que o projeto pudesse decolar.

Superman Vive estava numa pré-produção bastante adiantada na época que o estúdio cancelou o projeto. Já hávia sido criado até um teaser poster para ser distribuído nos cinemas. Consistia de um estilizado S prateado sobre um fundo preto com a frase "chegando em 1998" disposto na parte de baixo do póster. Cópias do póster foram impressas, mas não se sabe quantas foram feitas antes que o projeto fosse cancelado.

J. J. Abrams (criador e roteirista da série ALIAS) escreveu um esboço completo do roteiro que Brett Ratner e McG quando os dois abandonara o projeto por desentendimentos de criação, desenvolvimento e orçamento. O roteiros de Abrams acabou sendo recusado pelo estúdio que optou por utilizar os roteiristas de X-Men, Dan Harris e Michael Dougherty para criar um outro projeto.

Quando Bryan Singer assumiu o projeto ele trouxe consigo sua equipe de produção que consistia no diretor de fotografia Newton Thomas Siegel; compositor/editor John Ottman; o produtor de designer Guy Dyas e os escritores Michael Dougherty e Dan Harris para que o filme pudesse estar pronto para a data de lançamento prevista pela Warner Bros.

O diretor Bryan Singer preferiu utilizar cenas de Marlon Brando que fora originalmente rodadas para Superman, de 1978, do diretor Richard Donner. Brando e Christopher chegaram a filmar uma cena em que os dois interagem em Superman II, entretanto esta foi cortada na edição final devido a um processo impetrado contra a Salkind em que se exigia um percentual sobre a seqüencia. Neste caso foi feita uma segunda filmagem em que Reeve acaba interagindo com sua mãe.

Jude Law era a única pessoa que Bryan Singer tinha em mente para fazer o papel do General Zod. Como ele recusou fazer a personagem definitivamente, Singer acabou eliminando esta personagem do roteiro.

Atores como Eric Christian Olsen, Topher Grace e Shawn Ashmore estavam sendo considerados para o papel de Jimmy Olson antes que Sam Huntington fosse escalado.

James Caviezel mostrou interesse em fazer o papel de Superman, mas o diretor Bryan Singer recusou escalá-lo pois achou que Caviezel se tornou muito famoso após estrelar A Paixão de Cristo (2004).

A equipe em Tamworth cultivou o próprio milharal. Foram necessárias 12 semanas para que o milharal ficasse do tamanho ideal.

A fazenda dos Kent foi construída dentro de um estúdio depois foi desmontada e levada para a cidade de Tamworth, na Austrália, onde foi reconstruída e dada um nova aparência.

O filme foi feito em Sydney, na Austrália, nos estúdios da Fox. E a casa da família de Kent em Tamworth, também na Austrália.

Mischa Barton e Keira Knightley foram consideradas para o papel de Louis Lane.

De acordo com um artigo da Newsweek, de 12 de setembro de 2005, a maior questão envolvendo a vestimenta do super homem tinha a ver com a forma e com o volume que deveria ter na frente de sua calça. A figurinista Louise Migenbach decidiu não fazer um volume muito grande, pois "crianças de 10 anos de idade irão assistir ao filme" ela explicou.

Jack Larson (Bo, o barman) fazia o papel de Jimmy Olsen na série de TV As Aventuras do Superman, de 1952.

Michael Dougherty e Dan Harris foram os dois estudantes que aparecem tomando notas quando Lex Luthor invade o museu para roubar o cristal.

Brandon Routh, Kate Basworth e Kevin Space assinaram o contrato de suas participações antes mesmo de ler o roteiro.

Billy Zane foi cotado para o papel de Lex Luthor.

Noel Neill interpretava Lois Lane na série cinematográfica da década de 40 e na série televisiva da década de 50.

A última frase de Superman IV - Em Busca da Paz, é o Super-homem dizendo para Lex Luthor "te vejo daqui há vinte anos". A cena foi gravada em 1986 e coincidentemente, vinte anos depois, Superman - O Retorno é lançado nos cinemas.

Há uma fotografia moldurada de Glenn Ford (pai original de Clark Kent em Superman de 1978) quando Clark vai falar com sua mãe na fazenda.

Eva Marie Saint fez sua estréia nas telas no filme Sindicato de Ladrões com Marlon Brando.

Tanto Michael Bay como Robert Rodriguez foram chamados para a direção do filme. O primeiro fez sua contra-oferta (incluindo metade dos lucros no total das bilheterias) o que foi rejeitado. O segundo simplesmente recusou dizendo que não queria a figura de seu Superman decorando as cuecas das crianças.

Todos os roteiros anteriores feitos aqui lidavam de uma forma ou de outra com a morte e o subseqüente retorno do Super-homem. Jonatham Lemkin escreveu um roteiro no qual Super-homem engravida Lois Lane antes de morrer, ela dá a luz e conseqüentemente morre durante o parto. A partir daí um novo Super-homem surge para o mundo. O trabalho de Lemkin foi rapidamente descartado.

Quando Bryan Singer se interessou na possibilidade de contratar Brandon Routh ele combinou para se encontrarem numa cafeteria. Quando se reuniram na mesa, Routh tropeçou e derrubou café sobre a mesa. Embora tenha entrado em pânico, pensando ter acabado de perder o papel. Singer soltou uma risada e disse que aquilo na verdade o ajudou a conseguir o papel. O incidente convenceu a Singer que ele poderia dar vasão as características do atrapalhado e desengonçado Clark Kent.

Material publicitário do filme foi enviado para o Reino Unido sob o título de "Sol Vermelho".

Bryan Singer queria que Christopher Reeve fizesse uma aparição no filme, mas ele veio a falecer antes de se iniciarem as filmagens. Bryan, então, dedicou o filme a ele.

A participação de Marlon Brando no filme, postumamente, foi feita utilizando computação gráfica sob suas imagens para que os movimentos de seus lábios podessem acompanhar o novo texto que o filme requeria.

A produção do filme ocupou sete estúdios e dois salões por oito meses na Fox Studios, Sydney, Austrália em 2005.

Os trabalhadores construíram sete quilômentros de estrada e plantaram quinze hectares de milho para recriar a fazenda dos Kent. Essa foi umas das mais difíceis tarefas já que a seca naquela área já se estende por mais de sete anos.

Milinski, um tipo de tecido, foi utilizado para a confecção do traje do Superman. Infelizmente esse tipo de pano dificulta os movimentos quando muito novo. Pior ainda, quando esta usado ele cede dando mais confortabilidade. Como resultado foram feitos 80 trajes, 100 capas, 30 botas e 90 cintos.

Numa entrevista em Larry King Live, Bryan Singer disse que se não tivesse acesso à música de John Williams ele não teria feito o filme.

O filme é dedicado também à esposa de Christopher Reeve, Dana Reeve que morreu no dia 6 de março de 2006 por causa de um câncer no pulmão (ele nunca tinha sido fumante).

Brandon Routh aumentou em 12 quilos sua massa muscular.

Título original: Superman Returns.

Gênero: Ação / Aventura.

Ano: 2006.

País de origem: EUA / Austrália.

Duração: 154 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Bryan Singer.

Elenco: Brandon Routh, Kate Bosworth, Kevin Spacey, Eva Marie Saint, Frank Langella, James Marsden, Parker Posey, Sam Huntington.