Wednesday, April 30, 2008

REVIEW - A DAMA DAS CAMÉLIAS (1936)

Considerado o filme com a melhor atuação da lenda Greta Garbo (e sem dúvida é o que ela está mais bonita), A Dama das Camélias ganha sua segunda versão no cinema. A primeira é uma versão muda feita em 1922 com Rudolph Valentino e Alla Nazimova.
Este é um bom motivo do porque, na época de ouro do cinema, a MGM era sinônimo de produções glamourosas e de qualidade impecável. Todo o capricho e muito dinheiro foram utilizados na reconstituição deste melodrama de época bastante conhecido do escritor Alex Dumas. O trio figurino-direção de arte-fotografia, Adrian-Gibbons-Daniels, provam porque eram infalíveis e os melhores de todos os tempos, conseguindo extrair imagens inesquecíveis de Garbo, graças também a direção talentosa de George Cukor.
O cenário é a Paris do final do século XIX, onde a prostituição requintada era um estilo de vida escolhido por muitas "damas" de coração fechado cujo objetivo se resumia em seduzir homens ricos que pudessem bancar os seus gastos e luxos. Para Marguerite Gautier (Greta Garbo) ativa participante deste círculo, seus interesses também não eram diferentes até se apaixonar por Armando Duval (Robert Taylor) e em nome deste amor renunciar sua vida de conveniências e facilidades.
Embora A Dama das Camélias não deixe de ser um veículo de exploração da beleza inquestionável de Garbo pela MGM, as suas qualidades, entre elas a propria interpretação da atriz sueca, é notória. Ela nos presenteia com uma Marguerite cujo brilho da vida vai se esvanecendo a medida que o destino vai lhe subtraindo suas perspectivas de felicidade. Embora tenha a ajuda de um elenco de suporte talentoso, a química com seu oponente Robert Taylor não foi das melhores. A dupla não funcionou bem mais por causa de Taylor que apareceu apático e sem muito vigor ao lado de Garbo.
Segundo disse uma vez em entrevista muitos anos depois "Robert Taylor era bonito, mas tinha cara de bobo".
Notas:
O filme favorito de Garbo entre todos o que ela já fez.
Greta Garbo usava chinelos embaixo dos vestidos que utilizou nos filmes, isso lhe dava uma maior comfortabilidade e ajudava a dar uma naturalidade na execução das cenas.







Título Original: Camille.

Gênero: Drama.

Ano: 1936.

País de Origem: EUA.

Duração: 109 min.

Língua: Inglês.

Cor: Preto e Branco.

Diretor: George Cukor.

Elenco: Greta Garbo, Robert Taylor, Lionel Barrymore, Elizabeth Allen, Jessie Ralph, Henry Daniell, Lenore Ulric, Rex O'Malley, Laura Hope Crews.



Sunday, April 27, 2008

REVIEW - CLOVERFIELD - MONSTRO

Tudo começa de uma forma um pouco incomum. O nosso olho é uma câmera manual. Inicialmente o que testemunhamos é a imagem que a personagem que detem a câmera nos convida a ver através das lentes do aparelho digital. Passamos tempo demais assistindo um casal filmando seus momentos de intimidade logo ao acordar, uma festa de amigos com situações triviais. A demora é tanta para se ter alguma ação de fato que nos perguntamos se realmente estávamos assistindo ao filme certo. Apenas quase 25 minutos após a projeção, somos lembrados que estamos num filme de terror/suspense pelas cenas de tensão que se iniciam. Cloverfield pode ser meio sem pé e nem cabeça e a proposta de criar situações que misturam Godzilla, Resident Evil e Bruxa de Blair confundem, mas ao mesmo tempo o tira da mesmice e lhe dá certa distinção.
Quatro amigos tentam desesperadamente se salvar numa Nova Iorque sitiada pelo ataque de um monstro que aparece do nada no meio de Manhattan. Não me perguntem de onde ele veio e o que ele quer e nem para onde vai pois tenho certeza que nem o roteirista sabe ao certo para dar um destque maior (talvez para ele isso tenha sido o de menos importância). Destruindo arranha-céus e pontes e liberando pequenos monstrinhos devoradores de gente, a criatura vai desafiando até as forças armadas que não poupam munição para por a criatura abaixo.
Utilizando idéias já manjadas de outros filmes, mas dentro de uma mistura criativa, Cloverfield é um filme B de luxo que resgata um certo estilo cataclísmico clássico dos anos 40/50.
Notas:
O filme não apresenta trilha sonora e a música para os créditos finais so ocorrem um minuto e trinta após o encerramento do filme.Nos Estados Unidos muitas salas de exibição tiveram que expor um cartaz avisando que como o filme era rodado com câmera manual os movimentos da ação poderiam causar enjôos nas pessoas mais sensíveis.
A seqüencia de fogo cruzado foi filmada a noite no estúdio da Warner em Burbanks. Os extras atiraram com armas carregadas de verdade até as 10 horas da noite quando foram obrigados a utilizar armas artificiais por conta das leis que não permitem sons mais altos após o horário.
O orçamento de Cloverfield - Monstro foi de US$ 30 milhões.
Os atores apenas receberam autorização para ler o roteiro após assinarem o contrato para estrelarem o filme.
O título Cloverfield era inicialmente um codenome para o filme, sendo o nome da rua em Santa Monica onde estavam os escritórios da produtora Bad Robot durante a realização das filmagens.









Título Original: Cloverfield.


Gênero: Suspense/Terror.


Ano: 2008.


País de Origem: EUA.


Duração: 85 min.


Língua: Inglês.


Cor: Colorido.


Diretor: Matt Reeves.


Elenco: Lizzy Caplan, Jessica Lucas, T. J. Miller, Michael Stahl-David, Mike Vogel.

Saturday, April 26, 2008

REVIEW - PONTO DE VISTA

A paranóia americana que foi construida frente ao terrorismo vai durar a eternidade. Pelo menos em Hollywood. No agitadíssimo Ponto de Vista, um elenco milionário e experiente se reúne para nos dar um dica sobre o que está passando na cabeça dos yankees nestes momentos de conflitos.
Em Salamanca na Espanha os chefes de uma centena de países no mundo estão reunidos frente a uma multidão eufórica, para ratificarem suas intenções ao combate contra terrorismo. No entando, antes mesmo de iniciar o seu discurso, o presidente dos Estados Unidos é alvo de um atendado e logo em seguida uma bomba e detonada no palanque. O resultado é uma tragédia que apenas encobre um plano ainda mais ambicioso.
O diretor Pete Travis e o roterista Barry Levy construiram um filme de ação que embora não seja perfeito (longe disso), merece ser observado. A narrativa nos é apresentada, pela ordem, sob o ponto de vista das personagens principais a partir de um determinado momento até uma situação crucial, onde todas elas acabam se encontrando. Esta condição de espacialidade e onipresença garantida ao expectador é bem montada e favorece o interesse pelo filme. A afluência dos testemunhos relatadas num flashback, na verdade, se constitui a parte mais interessante desta produção que, fora isso, segue os padrões dos demais filmes comerciais deste gênero (apelações desnecessárias, atitudes ingênuas e um clímax mirabolante).
Alerta aos fãs de Sigourney Weaver: a nossa conhecida "Ripley"da série Alien faz apenas uma ponta, aparecendo num total não superior a 5 minutos. Há também a participação de Matthew Fox ( o Jack da série Lost) com uma interpretação bem canastrona, apropriada para uma indicação ao framboesa de Ouro.
Notas:
Houve tentativas de negociação entre o estúdio e a comissão de filmes de Salamanca para a realização das filmagens na cidade, contudo a prefeitura se recusou a ter que fechar a Plaza Mayor por 3 meses durante as filmagens. A produção então teve que se mudar para a cidade de Cuernavaca e Puebla e apenas realizou tomadas áreas da Plaza Mayor em Salmanca para a edição do filme.
Uma réplica da Plaza Mayor foi construída no México, mas em escala menor e com menos detalhes que a original.





Título Original: Vantage Point.

Gênero: Ação.

Ano: 2008.

País de Origem: EUA.

Duração: 90 min.

Língua: Inglês.

Cor: Colorido.

Diretor: Pete Travis.

Elenco: Dennis Quaid, Matthew Fox, Forest Whitaker, Sigourney Weaver, Zoe Saldana, William Hurt, Edgard Ramirez, Eduardo Noriega, Ayelet Zuret, Alicia Zapien.




  • Edite
  • http://cinept.blogspot.com/